O vocabulário filosófico-teológico de Nicolau de Cusa: indicações para se pensar a relação entre o uno e o múltiplo
Neste trabalho interessa-nos pensar a relaçáo entre unidade e multiplicidade, um problema fundamental tanto filosófico quanto teológico como lembra Beierwaltes (1989, p. 179), a partir do vocabulário filosófico-teológico cusano. Na primeira parte do texto fazemos uma leitura às avessas da...
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oai:periodicos.ufrn.br:article-17152016-12-16T17:03:21Z O vocabulário filosófico-teológico de Nicolau de Cusa: indicações para se pensar a relação entre o uno e o múltiplo Neto, José Teixeira Nicolau de Cusa Unidade Multiplicidade Complicatio-Explicatio Neste trabalho interessa-nos pensar a relaçáo entre unidade e multiplicidade, um problema fundamental tanto filosófico quanto teológico como lembra Beierwaltes (1989, p. 179), a partir do vocabulário filosófico-teológico cusano. Na primeira parte do texto fazemos uma leitura às avessas da obra cusana. Partimos da suposiçáo de que no De apice tehoriae Nicolau de Cusa sugere um princípio a partir do qual pode ser lida tanto a sua última obra quanto toda a sua especulaçáo. Uma correta interpretaçáo desse princípio pode ser construída ao pensarmos o modo de ser próprio das coisas criadas. O princípio primeiro se deixa ver e as coisas principiadas sáo sua manifestaçáo e apariçáo. Porém, apariçáo perfeita do princípio é o seu Verbo. Em termos filosóficos isso significa que a apariçáo perfeita da unidade náo é a pluralidade (sua explicatio), mas a igualdade (sua imago). Será o De mente a nos sugerir a diferença. Na segunda parte, portanto, refletiremos sobre a complicatio-explicatio como aposta cusana para se pensar o problema da unidade e da multiplicidade. Retomamos essa discussáo a partir do De docta ignorantia e da Apologia quando Nicolau deve se defender da acusaçáo feita por Wenck, no De ignota litteratura, de ter feito coincidir criador e criatura. EDUFRN 2012-04-02 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Avaliado pelos pares application/pdf https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/1715 Princípios: Revista de Filosofia (UFRN); v. 18 n. 30 (2011): Princípios: revista de filosofia; 53-83 1983-2109 0104-8694 por https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/1715/1180 Copyright (c) 2014 Princípios: Revista de Filosofia (UFRN) |
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Neste trabalho interessa-nos pensar a relaçáo entre unidade e multiplicidade, um problema fundamental tanto filosófico quanto teológico como lembra Beierwaltes (1989, p. 179), a partir do vocabulário filosófico-teológico cusano. Na primeira parte do texto fazemos uma leitura às avessas da obra cusana. Partimos da suposiçáo de que no De apice tehoriae Nicolau de Cusa sugere um princípio a partir do qual pode ser lida tanto a sua última obra quanto toda a sua especulaçáo. Uma correta interpretaçáo desse princípio pode ser construída ao pensarmos o modo de ser próprio das coisas criadas. O princípio primeiro se deixa ver e as coisas principiadas sáo sua manifestaçáo e apariçáo. Porém, apariçáo perfeita do princípio é o seu Verbo. Em termos filosóficos isso significa que a apariçáo perfeita da unidade náo é a pluralidade (sua explicatio), mas a igualdade (sua imago). Será o De mente a nos sugerir a diferença. Na segunda parte, portanto, refletiremos sobre a complicatio-explicatio como aposta cusana para se pensar o problema da unidade e da multiplicidade. Retomamos essa discussáo a partir do De docta ignorantia e da Apologia quando Nicolau deve se defender da acusaçáo feita por Wenck, no De ignota litteratura, de ter feito coincidir criador e criatura. |
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