Biomedicina, gestão do tratamento e desencantos: experiências de mulheres soropositivas no Rio de Janeiro
Com o avanço das tecnologias biomédicas para o tratamento do HIV/Aids, a qualidade de vida tornou-se uma possibilidade vital para a pessoa portadora, contrariando o cenário da década de 1980, quando o diagnóstico era como uma sentença de morte. Por outro lado, tornar-se soropositivo requer mudanças...
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Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
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oai:periodicos.ufrn.br:article-149672021-12-01T17:28:16Z Biomedicina, gestão do tratamento e desencantos: experiências de mulheres soropositivas no Rio de Janeiro Nelvo, Romário Vieira Biomedicina Gestão do tratamento HIV/Aids Medicamentos Antropologia da Saúde Com o avanço das tecnologias biomédicas para o tratamento do HIV/Aids, a qualidade de vida tornou-se uma possibilidade vital para a pessoa portadora, contrariando o cenário da década de 1980, quando o diagnóstico era como uma sentença de morte. Por outro lado, tornar-se soropositivo requer mudanças numa série de hábitos cotidianos, os quais medicar-se diariamente é parte desse processo. Neste artigo, analiso os efeitos colaterais, sociais e subjetivos decorrentes da medicalização e gestão do tratamento em trajetórias sociais. Interessa aqui, o entrelaçamento entre histórias de vida e a materialidade e concretude das drogas farmacológicas. Para tanto, lanço mão da análise antropológica da trajetória de três mulheres e mães jovens soropositivas, oriundas das camadas populares da cidade do Rio de Janeiro. A partir de infraestruturas concretas de como as pessoas gestam o tratamento na tessitura de seus cotidianos, têm sido possível compreender ambiguidades e limites da biomedicina como cultura global, uma vez que os medicamentos para elas acarretam processos de significação da experiência, momentos de inflexão e sentimentos de prisão. Assim, suas experiências materializam os efeitos reais das tecnologias sobre efetuações de desencantos terapêuticos na gestão do tratamento de HIV/Aids, além de abrir margem para pensar a respeito dos medicamentos para além da chave analítica da liberdade e do encanto numa Cosmovisão ocidental. Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN 2018-05-11 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/14967 Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; Vol. 4 No. 7 (2017): Dossiê: Etnografando experiências do adoecimento e medicalização no Brasil; 101-130 Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; Vol. 4 Núm. 7 (2017): Dossiê: Etnografando experiências do adoecimento e medicalização no Brasil; 101-130 Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; v. 4 n. 7 (2017): Dossiê: Etnografando experiências do adoecimento e medicalização no Brasil; 101-130 2446-5674 10.21680/2446-5674.2017v4n7 por https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/14967/pdf_1 Copyright (c) 2018 Romário Vieira Nelvo |
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