Como as doenças compridas podem nos ensinar sobre os serviços de saúde?
Recentemente, em um muro diante de minha casa, foi deixada uma mensagem na calada da noite. Em letras vermelhas, lia-se “Vandalismo é a fila do SUS”. Inspirada por essa eloquente mensagem, decidi priorizar, para esse artigo, o que eu tenho ouvido de meus interlocutores ao enfrentarem as filas e desa...
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Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
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oai:periodicos.ufrn.br:article-149302021-12-01T17:28:21Z Como as doenças compridas podem nos ensinar sobre os serviços de saúde? Fleischer, Soraya cronicidade serviços de saúde atenção básica Recentemente, em um muro diante de minha casa, foi deixada uma mensagem na calada da noite. Em letras vermelhas, lia-se “Vandalismo é a fila do SUS”. Inspirada por essa eloquente mensagem, decidi priorizar, para esse artigo, o que eu tenho ouvido de meus interlocutores ao enfrentarem as filas e desafios do SUS. Esse artigo pretende mostrar como é doloroso sentir esse tipo de vandalismo na própria pele todos os dias, somado às dores provocadas pelas doenças compridas, como tenho ouvido na Guariroba, bairro histórico da Ceilândia/DF, ao me informar sobreas doenças ditas crônicas. Pretendo adensar as percepções sobre o funcionamento das instituições de saúde locais. Para tanto, trago três sentidos que emergem com força entre nossos dados: O “esperar” pelos serviços de saúde, o “ser atendido/a” pelos mesmos e, por fim, o “correr atrás” individualmente e/ou coletivamente de soluções para suplantar as limitações encontradas nesses serviços. Algo mais específico é acumulado pela experiência do adoecimento prolongado para melhor enfrentar o vandalismo diário realizado pelo SUS. Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN 2018-05-11 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/14930 Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; Vol. 4 No. 7 (2017): Dossiê: Etnografando experiências do adoecimento e medicalização no Brasil; 24-44 Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; Vol. 4 Núm. 7 (2017): Dossiê: Etnografando experiências do adoecimento e medicalização no Brasil; 24-44 Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; v. 4 n. 7 (2017): Dossiê: Etnografando experiências do adoecimento e medicalização no Brasil; 24-44 2446-5674 10.21680/2446-5674.2017v4n7 por https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/14930/pdf Copyright (c) 2018 Soraya Fleischer |
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Recentemente, em um muro diante de minha casa, foi deixada uma mensagem na calada da noite. Em letras vermelhas, lia-se “Vandalismo é a fila do SUS”. Inspirada por essa eloquente mensagem, decidi priorizar, para esse artigo, o que eu tenho ouvido de meus interlocutores ao enfrentarem as filas e desafios do SUS. Esse artigo pretende mostrar como é doloroso sentir esse tipo de vandalismo na própria pele todos os dias, somado às dores provocadas pelas doenças compridas, como tenho ouvido na Guariroba, bairro histórico da Ceilândia/DF, ao me informar sobreas doenças ditas crônicas. Pretendo adensar as percepções sobre o funcionamento das instituições de saúde locais. Para tanto, trago três sentidos que emergem com força entre nossos dados: O “esperar” pelos serviços de saúde, o “ser atendido/a” pelos mesmos e, por fim, o “correr atrás” individualmente e/ou coletivamente de soluções para suplantar as limitações encontradas nesses serviços. Algo mais específico é acumulado pela experiência do adoecimento prolongado para melhor enfrentar o vandalismo diário realizado pelo SUS. |
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