O funcionamento semântico-argumentativo da modalização epistêmica quase-asseverativa

O presente artigo discute o funcionamento semântico-argumentativo da modalização epistêmica quase-asseverativa na construção argumentativa do gênero entrevista de seleção de emprego. Pretendemos saber (i) que recursos linguísticos instauram a modalização quase-asseverativa em entrevistas de seleção...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Adelino, Francisca Janete da Silva, Nascimento, Erivaldo Pereira
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/14191
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Descrição
Resumo:O presente artigo discute o funcionamento semântico-argumentativo da modalização epistêmica quase-asseverativa na construção argumentativa do gênero entrevista de seleção de emprego. Pretendemos saber (i) que recursos linguísticos instauram a modalização quase-asseverativa em entrevistas de seleção de emprego; e (ii) como esses recursos funcionam estrategicamente para gerar orientação argumentativa durante o processo interativo no gênero em estudo. Para tanto, adotamos os pressupostos da semântica argumentativa de Ducrot e colaboradores (1988), juntamente com os estudos da modalização desenvolvidos por Lyons (1977), Cervoni (1989), Castilho e Castilho (1993), Palmer (2001), Neves (2011), Nascimento (2010), Nascimento e Silva (2012), além de outros estudiosos dessa área. A pesquisa assume uma abordagem qualitativa e um caráter descritivo de base interpretativa, já que identificamos e interpretamos os modalizadores epistêmicos quase-asseverativo presentes no corpus, atentando para o seu funcionamento argumentativo.  O corpus é constituído por vinte e duas entrevistas de seleção de emprego gravadas e coletadas em um Centro Universitário localizado em Natal-RN. As análises revelam que, ao fazer uso desse subtipo de modalizador, o entrevistado e o entrevistador demonstram certo distanciamento em relação ao que apresentam em seus discursos. Ademais, esse distanciamento fica marcado pela atenuação impressa no conteúdo da proposição, pela relativização da força da asserção e também pela isenção da responsabilidade com o dito. Além disso, ao usar esse recurso, os locutores não se comprometem com o conteúdo enunciado e, assim, apresentam a proposição em forma de hipótese que depende de confirmação.