Evitando “a proliferação de uma sub-raça”: as estratégias da BEMFAM na defesa do controle de natalidade (1965-1980)

O presente artigo tem como objetivo discutir a atuação da BEMFAM - Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil - entre os anos 1965-1980. A BEMFAM foi criada durante a XV Jornada Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia, no Rio de Janeiro, em 1965 e tinha a intenção, segundo seus criadores, de agenc...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Menezes, Valderiza Almeida
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: Mneme - Revista de Humanidades
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/13378
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Descrição
Resumo:O presente artigo tem como objetivo discutir a atuação da BEMFAM - Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil - entre os anos 1965-1980. A BEMFAM foi criada durante a XV Jornada Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia, no Rio de Janeiro, em 1965 e tinha a intenção, segundo seus criadores, de agenciar o planejamento familiar e reduzir o número de abortos realizados no Brasil. Aquela entidade recebeu muitas críticas da sociedade em geral, pois foram várias as denúncias de que ela estaria realizando esterilizações sem o consentimento das mulheres. Criticada pelas esquerdas, por parte dos militares e por feministas, foi identificada como um órgão a serviço dos países de primeiro mundo, com intenções imperialistas. As principais fontes utilizadas neste artigo são: publicações da BEMFAM, jornais da época e documentos pontifícios. O presente texto versa sobre as estratégias utilizadas pela BEMFAM na defesa do controle de natalidade, apesar das constantes críticas, leis contrárias e impedimentos religiosos.