MATAR O TÉDIO, PASSAR O TEMPO – CRIME E MAL-ESTAR NA TEMPORALIDADE

Neste ensaio, relaciono a experiência do tempo moderno com o tédio, esse compreendido como um sentimento de mal-estar na temporalidade decorrente da aceleração e da contração do tempo.  Para Walter Benjamin, a experiência moderna do tempo possui como metonímia a figura do relógio e caracteriza-se pe...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Simões Pereira, Gabriela
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/transgressoes/article/view/13009
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Descrição
Resumo:Neste ensaio, relaciono a experiência do tempo moderno com o tédio, esse compreendido como um sentimento de mal-estar na temporalidade decorrente da aceleração e da contração do tempo.  Para Walter Benjamin, a experiência moderna do tempo possui como metonímia a figura do relógio e caracteriza-se pelo presente perpétuo sem rememoração, pela sucessão homogênea geradora do desaparecimento do sentido da ação. Defendo que tal experiência leva à claustrofobia devido à perda da autonomia, ao extermínio da espontaneidade, à rotinização da existência humana. Com as contribuições da criminologia cultural, busco pensar o crime como um rompante de transgressão da vida reduzida ao fluxo da mercadoria e à velocidade da informação, em que o tédio surge como motivador de momentos ilícitos e de insurreições político-culturais. Também identifico a relação entre tédio e tempo moderno a partir da análise do conto Passeio Noturno I, do escritor brasileiro Rubem Fonseca.