ENSINO DE CIÊNCIAS SOCIAIS NO BRASIL: A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO E AS LUTAS PELA INSTITUCIONALIZAÇÃO NO ENSINO MÉDIO
O Ensino de Ciências Sociais no Brasil tem sua trajetória marcada por muitos elementos: políticos, ideológicos e culturais. Seu percurso de busca pela consolidação na Educação Básica está relacionado à formação do pensamento social brasileiro que transita entre a importação de teorias estrangeiras a...
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UFRN
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oai:periodicos.ufrn.br:article-128462021-11-30T20:33:52Z ENSINO DE CIÊNCIAS SOCIAIS NO BRASIL: A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO E AS LUTAS PELA INSTITUCIONALIZAÇÃO NO ENSINO MÉDIO da Silva Souza, Karla Danielle Lopes Júnior, Fernando Francelino Pensamento Sociologia Ensino. O Ensino de Ciências Sociais no Brasil tem sua trajetória marcada por muitos elementos: políticos, ideológicos e culturais. Seu percurso de busca pela consolidação na Educação Básica está relacionado à formação do pensamento social brasileiro que transita entre a importação de teorias estrangeiras ao modelo nacional até as mudanças no imaginário da cultura e identidade brasileiras. As lutas em busca da institucionalização do Ensino de Ciências Sociais/Ensino de Sociologia (nomenclatura que recebe na etapa do Ensino Médio) se configuram, inicialmente, como necessidade de uma Sociologia pragmática e crítica e também como instrumento de cidadania. Posteriormente, a presença da Sociologia na Rede Básica se apresenta a partir de duas especificidades, características próprias: estranhamento e desnaturalização, conforme apontam os documentos oficiais que versam sobre essa etapa de ensino, OCN’s (Orientações Curriculares Nacionais) e PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais). Esse trabalho se estrutura a partir da relevância de pensadores como Antônio Cândido, Silvio Romero, Manoel Bonfim, Alberto Tôrres, Euclides da Cunha, Oliveira Vianna, Florestan Fernandes, Octavio Ianni, Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre, entre outros, para a formação do pensamento social brasileiro. Procuramos estabelecer um diálogo entre as contribuições desses autores e a consolidação da obrigatoriedade do Ensino de Sociologia no Educação Básica no Brasil. Para isso, contamos com a colaboração de autores como Dimas (2009), Florêncio (2009), Kinzo (2001), Liedke Filho (2005) e outros. Nossas reflexões iniciais apontam para um cenário permeado por uma trajetória de transformações, avanços e retrocessos no contexto político e social nacional acompanhado de mudanças na formação do pensamento social brasileiro. Nesse sentido, compreendemos a importância dos estudos desenvolvidos pelos autores citados para as interpretações sobre o Brasil, sua cultura e sua identidade até as configurações atuais. Esses fatores desencadeiam processos significativos que perpassam os movimentos que vão resultar na presença do Ensino de Ciências Sociais nos currículos acadêmicos e escolares. UFRN 2017-09-21 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/12846 Revista Inter-Legere; v. 1 n. 20 (2017): DOSSIÊ ENSINO DE CIÊNCIAS SOCIAIS: RUPTURAS, RESISTÊNCIAS E DESAFIOS; 130-148 1982-1662 por https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/12846/8819 Copyright (c) 2017 Karla Danielle da Silva Souza, Fernando Francelino Lopes Júnior |
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O Ensino de Ciências Sociais no Brasil tem sua trajetória marcada por muitos elementos: políticos, ideológicos e culturais. Seu percurso de busca pela consolidação na Educação Básica está relacionado à formação do pensamento social brasileiro que transita entre a importação de teorias estrangeiras ao modelo nacional até as mudanças no imaginário da cultura e identidade brasileiras. As lutas em busca da institucionalização do Ensino de Ciências Sociais/Ensino de Sociologia (nomenclatura que recebe na etapa do Ensino Médio) se configuram, inicialmente, como necessidade de uma Sociologia pragmática e crítica e também como instrumento de cidadania. Posteriormente, a presença da Sociologia na Rede Básica se apresenta a partir de duas especificidades, características próprias: estranhamento e desnaturalização, conforme apontam os documentos oficiais que versam sobre essa etapa de ensino, OCN’s (Orientações Curriculares Nacionais) e PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais). Esse trabalho se estrutura a partir da relevância de pensadores como Antônio Cândido, Silvio Romero, Manoel Bonfim, Alberto Tôrres, Euclides da Cunha, Oliveira Vianna, Florestan Fernandes, Octavio Ianni, Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre, entre outros, para a formação do pensamento social brasileiro. Procuramos estabelecer um diálogo entre as contribuições desses autores e a consolidação da obrigatoriedade do Ensino de Sociologia no Educação Básica no Brasil. Para isso, contamos com a colaboração de autores como Dimas (2009), Florêncio (2009), Kinzo (2001), Liedke Filho (2005) e outros. Nossas reflexões iniciais apontam para um cenário permeado por uma trajetória de transformações, avanços e retrocessos no contexto político e social nacional acompanhado de mudanças na formação do pensamento social brasileiro. Nesse sentido, compreendemos a importância dos estudos desenvolvidos pelos autores citados para as interpretações sobre o Brasil, sua cultura e sua identidade até as configurações atuais. Esses fatores desencadeiam processos significativos que perpassam os movimentos que vão resultar na presença do Ensino de Ciências Sociais nos currículos acadêmicos e escolares. |
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