Classes fonológicas e ortografia infantil

A proposta mais geral do presente trabalho é verificar em que medida aspectos das diferentes classes fonológicas estão relacionados a pontos de maior facilidade ou dificuldade na ortografia infantil. Para verificar os efeitos dessa relação, o desenvolvimento do trabalho foi orientado pelos seguintes...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Chacon, Lourenço, Paschoal, Larissa, Vaz, Suellen, Pezarini, Isabela de Oliveira
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/11199
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Descrição
Resumo:A proposta mais geral do presente trabalho é verificar em que medida aspectos das diferentes classes fonológicas estão relacionados a pontos de maior facilidade ou dificuldade na ortografia infantil. Para verificar os efeitos dessa relação, o desenvolvimento do trabalho foi orientado pelos seguintes objetivos: (1) descrever o desempenho ortográfico de crianças quanto ao registro de consoantes do Português Brasileiro; (2) verificar se o acento influencia a ocorrência de erros no interior das palavras; e (3) caracterizar o padrão da distribuição dos erros. Os dados foram extraídos de 866 textos de 76 crianças que, em 2001 e 2002, frequentavam a primeira e a segunda série do ensino fundamental de uma escola pública de um município do interior paulista. Todos os grafemas que remetiam às classes das consoantes oclusivas, fricativas e soantes, situados no ataque silábico simples, foram classificados em acertos e erros. Em seguida, os erros foram organizados conforme ocorressem em sílabas acentuadas, ou não. Posteriormente, foram distribuídos em categorias que os organizavam conforme correspondessem a omissões, substituições ortográficas não-fonológicas, substituições ortográficas fonológicas e híbridos. Como resultados, verificou-se que: (a) os acertos predominaram sobre os erros; (b) a quantidade de erros, bem como seus diferentes tipos, variaram em função da classe fonológica a que remetiam; e (c) os erros não sofreram influência direta do acento. Esses resultados apontam para uma alta estabilidade na aquisição da escrita – portanto, para o sucesso de práticas de letramento que favorecem a alfabetização. Apontam, também, para relações não-simétricas entre características das classes fonológicas e a ortografia das diferentes classes – não-simetria que chama a atenção para os diferentes estatutos que tanto erros quanto acertos podem adquirir na aquisição da ortografia.