O desencanto revolucionário e o anti-herói em contextos africanos: Amadou Hampâté Bâ e Paulina Chiziane

Finda a euforia revolucionária com as independências africanas, novos projetos estéticos e literários surgem diante de um contexto social e histórico que traz tristeza e desilusões pela frustração na realização das utopias revolucionárias. Os golpes de estado e as ditaduras que se multiplicam pelos...

ver descrição completa

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Autor principal: David, Débora Leite
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/10270
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
Descrição
Resumo:Finda a euforia revolucionária com as independências africanas, novos projetos estéticos e literários surgem diante de um contexto social e histórico que traz tristeza e desilusões pela frustração na realização das utopias revolucionárias. Os golpes de estado e as ditaduras que se multiplicam pelos espaços africanos independentes ensejam a personagem do anti-herói nos romances publicados nessa fase pós-independência, como ocorre nas obras L´Étrange Destin de Wangrin, de Amadou Hampâté Bâ e Ventos do apocalipse, de Paulina Chiziane. Entretanto, a reconstrução dessa imagem heroica, no âmbito da distopia revolucionária, indica que a figura do herói não é um molde pronto e acabado. Trata-se de uma construção contínua, segundo Peter Burke, que se atualiza com as necessidades de uma sociedade, modelando-se a partir de protótipos ancestrais.