Conhecimento e memória no culto de Egum: a confecção da casa-corpo da morte
Sáo incontáveis os modos com que homens e mulheres se relacionam com a morte. Mia Couto (2002) diz “O morto amado náo cessa de morrer”, revelando uma agonia que condena os que sobrevivem ao ente querido. Mas nos terreiros de Egum (o espírito ancestral), a morte náo tr...
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Formato: | Online |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Mneme - Revista de Humanidades
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Endereço do item: | https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/1017 |
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Resumo: | Sáo incontáveis os modos com que homens e mulheres se relacionam com a morte. Mia Couto (2002) diz “O morto amado náo cessa de morrer”, revelando uma agonia que condena os que sobrevivem ao ente querido. Mas nos terreiros de Egum (o espírito ancestral), a morte náo traz nem a agonia e nem a tristeza porque o morto amado volta para sua família e seu Egbé (comunidade). Para aparecer, o espírito precisa de uma roupa sagrada, a Opá. Só os grandes sacerdotes podem náo só invocar o morto e trazê-lo de volta, como também tecer sua roupa, temporária morada do parente morto enquanto ele está entre os vivos. Pedro Roberto dos Santos, 40 anos, é pai de Felipe dos Santos, de 15. Ambos sáo artesáos dessa roupa sagrada. O objetivo desse trabalho é partilhar um pouco desse saber que circula nos terreiros, entendidos aqui como redes de conhecimentos. |
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