Funcionalidade em pacientes após acidente vascular encefálico : relação com o sono e ritmo de atividade-repouso /

Resumo:Sabe-se que o sono exerce um importante papel no processo de aprendizado motor. Estudos recentes demonstraram que a presença do sono entre o treino de uma tarefa motora e o teste de retenção promove um aprendizado da tarefa de forma superior à presença apenas de vigília entre treino e teste....

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Tavares, Gracilene Rodrigues., Araújo, John Fontenele., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Dissertação
Publicado em:
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Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/16685/1/GracileneRT_DISSERT.pdf
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Descrição
Resumo:Resumo:Sabe-se que o sono exerce um importante papel no processo de aprendizado motor. Estudos recentes demonstraram que a presença do sono entre o treino de uma tarefa motora e o teste de retenção promove um aprendizado da tarefa de forma superior à presença apenas de vigília entre treino e teste. Estes achados também têm sido encontrados em pacientes que sofreram acidente vascular encefálico (AVE), entretanto, faltam estudos que investiguem os resultados desta relação sobre a funcionalidade propriamente dita nesta população. O objetivo desta pesquisa foi verificar a relação entre capacidade funcional e sono em pacientes em estágio crônico de acidente vascular encefálico. Foi realizado um estudo observacional analítico transversal. A amostra foi composta por 30 indivíduos com seqüelas motoras de AVE em fase crônica, faixa etária entre 55 e 75 anos, apresentando tempo de seqüela entre 6 e 60 meses. Os voluntários foram inicialmente avaliados quanto aos dados clínicos e antecedentes pessoais, severidade do AVE, através da escala internacional de AVE do National Institute of Health, e estado mental, pelo Mini-Exame do Estado Mental. Os instrumentos de avaliação do sono foram o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, o questionário de Horne e Ostberg, Escala de Sonolência de Epworth (ESE), o questionário de Berlim e a actimetria, cujas medidas utilizadas foram: tempo real de sono, tempo de vigília após o início do sono, porcentagem de tempo de vigília após o início do sono, eficiência do sono, latência para o sono, índice de fragmentação do sono, média do escore de atividade. Outras medidas da actimetria foram a variabilidade intradiária, estabilidade interdiária, período de 5 horas com nível mínimo de atividade (L5) e período de 10 horas com nível máximo de atividade (M10), obtidas para avaliação do ritmo de atividade-repouso. A Medida de Independência Funcional (MIF) e a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) foram os instrumentos utilizados para avaliação da condição funcional dos participantes. O coeficiente de correlação de Spearman e testes comparativos (t de student e Mann-Witney) foram utilizados para análise da relação dos instrumentos de avaliação do sono e do ritmo de atividade/repouso com as medidas de avaliação funcional. O programa estatístico SPSS 16.0 foi empregado para as análises, adotando-se nível de significância de 5%. Os principais resultados observados foram uma correlação negativa entre sonolência e equilíbrio e uma correlação negativa entre o nível de atividade (M10) e fragmentação do sono. Nenhuma medida do sono ou do ritmo foi associada com a medida de independência funcional. Estes achados sugerem que pode haver uma associação entre sonolência e equilíbrio em pacientes em estágio crônico de AVE, e ainda que a obtenção de um maior nível de atividade pode estar associada a um melhor padrão de sono e ritmo mais estável e menos fragmentado. Futuros estudos devem avaliar a relação de causa-efeito entre estes parâmetros.#$&Abstract:It is known that sleep plays an important role in the process of motor learning. Recent studies have shown that the presence of sleep between training a motor task and retention test promotes a learning task so than the presence of only awake between training and testing. These findings also have been reported in stroke patients, however, there are few studies that investigate the results of this relationship on the functionality itself in this population. The objective of this study was to evaluate the relationship between functionality and sleep in patients in the chronic stage of stroke. A cross-sectional observational study was conducted. The sample was composed of 30 stroke individuals in chronic phase, between 6 and 60 months after injury and aged between 55 and 75 years. The volunteers were initially evaluated for clinical data of disease and personal history, severity of stroke, through the National Institute of Health Stroke Scale, and mental status, the Mini-Mental State Examination. Sleep assessment tools were Pittsburgh Sleep Quality Index, the Questionnaire of Home and Ostberg, Epworth Sleepiness Scale, the Berlin questionnaire and actigraphy, which measures were: real time of sleep, waking after sleep onset, percentage of waking after sleep onset, sleep efficiency, sleep latency, sleep fragmentation index, mean activity score. Other actigraphy measures were intraday variability, stability interdiaria, a 5-hour period with minimum level of activity (L5) and 10-hour period with maximum activity (M10), obtained to evaluate the activity-rest rhythm. The Functional Independence Measure (FIM) and the Berg Balance Scale (BBS) were the instruments used to evaluate the functional status of participants. The Spearman correlation coefficient and comparison tests (Student's t and Mann-Whitney) were used to analyze the relationship of sleep assessment tools and rest-activity rhythm to measures of functional assessment. The SPSS 16.0 was used for analysis, adopting a significance level of 5%. The main results observed were a negative correlation between sleepiness and balance and a negative correlation between the level of activity (M10) and sleep fragmentation. No measurement of sleep or rhythm was associated with functional independence measure. These findings suggest that there may be an association between sleepiness and balance in patients in the chronic stage of stroke, and that obtaining a higher level of activity may be associated with a better sleep pattern and rhythm more stable and less fragmented. Future studies should evaluate the cause-effect relationship between these parameters.