A trapaça é rara, mas é bem lembrada : o efeito da cor da pele e do gênero na memória de faces /

Resumo:Todas as sociedades apresentam uma ordem, esta caracterizada por um conjunto de normas sobre o que é permitido e o que deve ser coibido. A compreensão sobre a origem, fixação e evolução das normas de convivência é fundamental para entender a sociedade tal como ela é, bem como o real papel dos...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Eugênio, Tiago José Benedito., Yamamoto, Maria Emília., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Dissertação
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Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/17303/1/TiagoJBE_DISSERT.pdf
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spelling oai:localhost:123456789-963982022-11-30T14:56:32Z A trapaça é rara, mas é bem lembrada : o efeito da cor da pele e do gênero na memória de faces / Eugênio, Tiago José Benedito. Yamamoto, Maria Emília. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Psicologia evolucionista - Dissertação. Memória - Dissertação. Teoria do contrato social - Dissertação. Resumo:Todas as sociedades apresentam uma ordem, esta caracterizada por um conjunto de normas sobre o que é permitido e o que deve ser coibido. A compreensão sobre a origem, fixação e evolução das normas de convivência é fundamental para entender a sociedade tal como ela é, bem como o real papel dos indivíduos que as compõem. Escrevemos um artigo teórico abordando essa idéia. Apresentamos a Teoria do Contrato Social como um modelo para o estudo da evolução dos mecanismos cognitivos que regulam as trocas sociais. Esta teoria postula a existência de um módulo específico de trapaça. Diversos trabalhos procuraram testar essa hipótese, inclusive relacionando essa adaptação com a melhor recordação de faces de trapaceiros. No entanto, observamos que estes apresentam resultados divergentes sobre a existência ou não de um suposto módulo para a detecção de trapaceiros. Além disso, foi possível constatar falhas metodológicas nos trabalhos anteriores e a negligência no estudo da relação entre a lembrança e variáveis inerentes a qualquer indivíduo como o sexo e diferenças quanto à tonalidade da cor da pele. Assim, se fez necessária uma nova investigação, descrita no artigo empírico. Para tanto, expusemos 190 alunos do ensino médio e universitário a oito vídeos de 30 cada, aonde era exibidas cenas de um sujeito estímulo (SE; 4 homens e 4 mulheres) com diferentes tonalidades de cor de pele. Fazendo uso de fones de ouvido os participantes ouviam uma narração, a qual identificava o SE como não confiável ou confiável. Depois de uma tarefa de distração, os participantes assistiam a uma sessão de fotos de fotos com 34 SE, incluindo os 8 SE vistos nos vídeos. Os participantes eram solicitados para apontar quais SE foram exibidos nos vídeos. Nossos resultados apontam uma memória diferencial para os SE identificados como não confiáveis. A priori poderíamos constatar e aceitar isso como evidência para a existência de um módulo específico para a detecção de trapaça, uma vez que se lembrar de indivíduos não confiáveis, de fato, é fundamental para amenizar ou evitar os custos das interações com os mesmos no futuro. Entretanto, as análises subseqüentes, incluindo variáveis inerentes a qualquer indivíduo como o sexo e a tonalidade da cor da pele dos SE mostram a influência da seleção sexual e dos fatores culturais na lembrança de faces. Por exemplo, os SE do sexo feminino são mais bem lembradas pelos sujeitos experimentais do mesmo sexo e os SE confiáveis e com cor de pele mais escura são mais bem lembrados tanto pelos homens como mulheres participantes. Além disso, observamos que existe uma tendência para lembrança de eventos ou características percebidas como raras ou menos salientes na população. Acreditamos que prestar atenção àquilo que é diferente confere uma vantagem adaptativa, pois se a maioria da população age de uma determinada forma é fácil ter uma estratégia de resposta às estratégias dos outros. Porém, quando o padrão é raro ou errático é preciso mudar o comportamento em resposta a esses eventos que saem do padrão. Assim sendo, prestar atenção àquilo que é diferente pode ter permitido os indivíduos a usarem estratégias condicionais de maneira mais eficiente. 1 2022-10-05T23:09:55Z 2022-10-05T23:09:55Z 2010. Dissertação 159.953.5 E87t DISSERT 136839 https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/17303/1/TiagoJBE_DISSERT.pdf https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/17303/1/TiagoJBE_DISSERT.pdf
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Teoria do contrato social -
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Eugênio, Tiago José Benedito.
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description Resumo:Todas as sociedades apresentam uma ordem, esta caracterizada por um conjunto de normas sobre o que é permitido e o que deve ser coibido. A compreensão sobre a origem, fixação e evolução das normas de convivência é fundamental para entender a sociedade tal como ela é, bem como o real papel dos indivíduos que as compõem. Escrevemos um artigo teórico abordando essa idéia. Apresentamos a Teoria do Contrato Social como um modelo para o estudo da evolução dos mecanismos cognitivos que regulam as trocas sociais. Esta teoria postula a existência de um módulo específico de trapaça. Diversos trabalhos procuraram testar essa hipótese, inclusive relacionando essa adaptação com a melhor recordação de faces de trapaceiros. No entanto, observamos que estes apresentam resultados divergentes sobre a existência ou não de um suposto módulo para a detecção de trapaceiros. Além disso, foi possível constatar falhas metodológicas nos trabalhos anteriores e a negligência no estudo da relação entre a lembrança e variáveis inerentes a qualquer indivíduo como o sexo e diferenças quanto à tonalidade da cor da pele. Assim, se fez necessária uma nova investigação, descrita no artigo empírico. Para tanto, expusemos 190 alunos do ensino médio e universitário a oito vídeos de 30 cada, aonde era exibidas cenas de um sujeito estímulo (SE; 4 homens e 4 mulheres) com diferentes tonalidades de cor de pele. Fazendo uso de fones de ouvido os participantes ouviam uma narração, a qual identificava o SE como não confiável ou confiável. Depois de uma tarefa de distração, os participantes assistiam a uma sessão de fotos de fotos com 34 SE, incluindo os 8 SE vistos nos vídeos. Os participantes eram solicitados para apontar quais SE foram exibidos nos vídeos. Nossos resultados apontam uma memória diferencial para os SE identificados como não confiáveis. A priori poderíamos constatar e aceitar isso como evidência para a existência de um módulo específico para a detecção de trapaça, uma vez que se lembrar de indivíduos não confiáveis, de fato, é fundamental para amenizar ou evitar os custos das interações com os mesmos no futuro. Entretanto, as análises subseqüentes, incluindo variáveis inerentes a qualquer indivíduo como o sexo e a tonalidade da cor da pele dos SE mostram a influência da seleção sexual e dos fatores culturais na lembrança de faces. Por exemplo, os SE do sexo feminino são mais bem lembradas pelos sujeitos experimentais do mesmo sexo e os SE confiáveis e com cor de pele mais escura são mais bem lembrados tanto pelos homens como mulheres participantes. Além disso, observamos que existe uma tendência para lembrança de eventos ou características percebidas como raras ou menos salientes na população. Acreditamos que prestar atenção àquilo que é diferente confere uma vantagem adaptativa, pois se a maioria da população age de uma determinada forma é fácil ter uma estratégia de resposta às estratégias dos outros. Porém, quando o padrão é raro ou errático é preciso mudar o comportamento em resposta a esses eventos que saem do padrão. Assim sendo, prestar atenção àquilo que é diferente pode ter permitido os indivíduos a usarem estratégias condicionais de maneira mais eficiente.
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