Educação escolar para crianças: o que dizem sujeitos deste direito? /

Resumo: O Texto tem como finalidade discutir a problemática que assim se configura: Quais as concepções de criança da escola pública acerca do seu direito ao ensino fundamental, como etapa obrigatória da educação básica? Que avaliações são feitas pelas crianças sobre a escola de ensino fundamental...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Rosado, Cristine Tinoco da Cunha Lima., Campelo, Maria Estela Costa Holanda., UniversIdade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Dissertação
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Resumo:Resumo: O Texto tem como finalidade discutir a problemática que assim se configura: Quais as concepções de criança da escola pública acerca do seu direito ao ensino fundamental, como etapa obrigatória da educação básica? Que avaliações são feitas pelas crianças sobre a escola de ensino fundamental, em termos de sua estrutura, prática pedagógica e aquisições proporcionadas aos seus usuários, notadamente no que tange a alfabetização? Visando responder essas questões, realizamos, no âmbito da pesquisa qualitativa, um estudo de caso com vinte crianças dos anos iniciais do ensino fundamental da escola pública, sendo dez da Escola Mauricio de Souza e dez da escola Monteiro Lobato. Como procedimentos de construção dos dados, trabalhamos com a observação, a entrevista semi-direta, o questionário e análise documental. Na análise dos dados, emergiram duas categorias: Direito a educação e escola para crianças. A primeira focaliza o que pensam as crianças sobre a garantia de freqüentar uma escola, na busca de entender se elas compreendem o espaço educativo como um direito e se relacionam o que diz a lei e a realidade da qual participam. Já a categoria escola para crianças inclui suas finalidades, características, espaço alfabetizador e a sua relação com a professora. Nesse sentido, tecemos comentários, tendo como eixo fundante a fala das crianças no seu contexto escolar, procurando entender como estas percebem a escola, em termos de sua estrutura e funcionamento, as relações com o conhecimento e com as outras crianças. No que se refere aos direitos infantis, a valorização da infância brasileira deveria ser a base de luta por uma sociedade mais justa, democrática, não discriminatória. No entanto, as crianças demonstram não reconhecem a educação como um direito, mas como um mérito a quem merece, ou seja, aquelas crianças que estão sempre atentas, não brigam e não reclamam. Nas entrevistas, as crianças expressam o simples desejo infantil de que a escola tivesse brinquedos. Uma escola para crianças deveria ser um local com características próprias: alegre, vivo, colorido, que incluísse ao mesmo tempo, segurança e desafios. As crianças apontam para o desejo de que a forma de agir da professora estivesse pautada no respeito as suas diferenças, em uma relação mais afetiva, especialmente no que se refere a autoridade e disciplina de grupo. A aprendizagem mais importante é para todos os sujeitos a aprendizagem da leitura/escrita, diferindo quanto a idéia de como se aprende. Infelizmente, para alguns alunos a aprendizagem da leitura e da escrita aparece como uma tarefa difícil e o processo prazeroso não é percebido por alguns sujeitos, que no máximo, reconhecem o valor instrumental da escrita. Para finalizar, alertamos aos atores da dinâmica escolar a lançarem um olhar mais acurado para o que dizem as crianças e como delineiam o seu lócus principal de aprendizagem.