Fácies, modelo deposicional e diagênese da sequência carbonática albo-cenomaniana (Formação Ponta do Mel) da Bacia Potiguar /

A formação Ponta do Mel, na bacia potiguar, é constituida por carbonatos de idade albo-cenomaniana.Esta formação ocorre exclusivamente em subsuperfície, predominantemente na porção submarina da bacia.Com base em dados de subsuperfície de 52 poços perfurados pela PETROBRÁS, foi caracterizada a compos...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Terra, Gerson José Salamoni., Tibana, Paulo., Rodrigues, Maria Antonieta C., Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Formato: Dissertação
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Endereço do item:https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/15908
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Descrição
Resumo:A formação Ponta do Mel, na bacia potiguar, é constituida por carbonatos de idade albo-cenomaniana.Esta formação ocorre exclusivamente em subsuperfície, predominantemente na porção submarina da bacia.Com base em dados de subsuperfície de 52 poços perfurados pela PETROBRÁS, foi caracterizada a composição e e reconstituida a história desposicional e diagenética dos carbonatos da Formação Ponta do Mel. Foram definidas 14 fáceis desposicionais que variaram desde planícei de maré até fáceis de águas profundas, passando pelas fáceis de plataforma rasa. A deposição da Formação Ponta do Mel iniciou-se com calcarenitos a moluscos e oncolitos intercalados com terrígenos, resultado das primeiras incursões marinhas devido ao processo de separação continental.Com o prosseguimento do processo de subsidência, associado a uma subida do nível do mar por pulso eustático de grande amplitude e extremamente rápido, depositam-se , na base da formação, calcilutitos com plantônicos e calcisferulídeos, representando fácies mais profundas e distais do sistema carbonático.Nesta época, as proções da bacia mais próximas à costa estavam mais elevadas e receberam uma sedimentação carbonática de águas mais rasas pouco expressiva e da qual praticamente não existem registros, devido a eventos erosivos.Com a progradação das fáceis de águas rasas sobre as fácies de águas mais profundas, instala-se uma plataforma carbonática, estreita e alongada paralelamente à linha de costa.Nas bordas dessa plataforma carbonática foram criadas condições, inicialmente, para a instalação de biolititos algálicos e fáceis associadas. Na retaguarda dos bancos algálicos,em posições#$&mais protegidas, depositam-se fácies de menor energia com matriz micrítica associada a bioclastos, pelóides e oncolitos. Localmente, como próximo ao canyon de Ubarana, são criadas condições de maior energia onde se depositam barras de calcarenitos ooliticos. A evolução do ciclo regressivo faz a plataforma adquirir um gradiente mais estável, que mantém-se até o final da deposição da formação, originando no seu terço superior a deposição de barras calcareníticas a oncolitos ou bioclastos. Nesta época as partes mais profundas da bacia recebiam pouca sedimentação, caracterizando uma situação de bacia faminta.Na região do Alto de Touros, a nordeste da bacia, a plataforma foi mais larga, permitindo a implantação de uma planície de maré carbonática com a deposição de calcilutitos a "birdseye". Os eventos diagenéticos mais atuantes na Formação Ponta do Mel foram a codimentação e a dolomitização. Na porção superior da formação foram depositadas fácies originalmente porosas, que foram quase que totalmente obliteradas por cimento espático. A exposição seguida de eroção que ocorreu ao final da deposição da formação, permitiu que soluções cimentantes percolassem pelas fácies porosas, favorecendo a cimentação. A entrada de hidrocarbonetos nas fácies porosas , comprovadamente um mecanismo inibidor da diagênese, ocorreu tardiamente, após a cimentação, devido aos processos de geração e migração de hidrocarbonetos na bacia. A dolomitização foi importante principalmente na parte noroeste da bacia, devido a uma maior proximidade com a linha de costa ou por existência de drenagem mais atuante, permitindo a criação de zonas de mistura água doce - água salgada, principal mecanismo interpretado como gerador de dolomitização.