Representações sociais e práticas discursivas de profissionais do Programa Saúde da Família sobre o pré-natal/
Resumo: O presente estudo teve por objetivo identificar as representações sociais dos profissionais de Medicina e Enfermagem de nível superior do Programa Saúde da Família acerca do Pré-Natal. A pesquisa foi qualitativa sob a ótica da Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici, do Núcleo C...
Na minha lista:
| Principais autores: | , |
|---|---|
| Formato: | Dissertação |
| Publicado em: |
|
| Assuntos: | |
| Endereço do item: | https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/99141 |
| Tags: |
Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
|
| Resumo: | Resumo: O presente estudo teve por objetivo identificar as representações sociais dos profissionais de Medicina e Enfermagem de nível superior do Programa Saúde da Família acerca do Pré-Natal. A pesquisa foi qualitativa sob a ótica da Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici, do Núcleo Central de Jean-Claude Abric e da Análise de Conteúdo de Laurence Bardin. Trabalhamos com os seguintes instrumentos para coleta de dados: questionário, com dados sociodemográficos; associação livre de palavras, com os termos indutores Gestação, Cuidado e Pré-natal; produção de imagem mental e entrevista semi-estruturada, com a seguinte questão norteadora: O que representa o pré-natal para você? . Entrevistamos todos os profissionais de Enfermagem e Medicina do Programa Saúde da Família do município de Santa Cruz/RN (dez para cada profissão) no período de fevereiro e março de 2007. Da análise dos dados sociodemográficos, identificamos os seguintes percentuais para Enfermagem e Medicina respectivamente: predominou o sexo feminino para Enfermagem (90%); a idade entre 24 e 33 anos (70 e 60%); a religião católica (80 e 50%) e 50% dos dois grupos têm até dois anos de formação e de trabalho no cenário da pesquisa. A análise dos demais instrumentos resultou em duas categorias: Visão Institucionalizada e Visão do Senso comum. Na associação livre de palavras, a categoria visão institucionalizada configura-se como Núcleo Central e a do senso comum como Núcleo Periférico, demonstrando que as representações sociais do atendimento pré-natal são pautadas nos universos consensual e reificado. Nas imagens mentais, identificamos essa mesma construção. No conteúdo das entrevistas, a visão institucionalizada é permeada pela responsabilidade do fazer e a disponibilidade do ter assistência pré-natal recomendada pelo Ministério da Saúde e recursos necessários enquanto a visão do senso comum pode ser representada#$&pela categoria gênero, cujo papel de profissionais do pré-natal é reforçar a responsabilidade da mulher diante de uma maternidade socialmente construída. Em suma, os discursos analisados refletem que ao conhecimento adquirido na academia, são incorporados saberes do cotidiano profissional, regido por mitos populares. Medicina e Enfermagem reconhecem a importância do atendimento tanto pela oportunidade de educar as mulheres para a maternidade quanto pela possibilidade de prevenir complicações, mas em seus discursos excluíram desse processo a figura masculina. Concluímos que o significado do termo indutor cuidado parte do senso comum e é incorporado ao discurso institucionalizado para humanizar a assistência. Entretanto, a gestação deixa de ser vista no seu sentido biológico natural e passa a ser analisada como um momento de fragilidade e predisposição às doenças. Por fim, o Núcleo Central das representações sociais do pré-natal para os(as) pesquisado(as) é ancorado nos discursos institucionalizado e do senso comum, refletindo a preocupação em estabelecer uma assistência humanizada e de qualidade.#$&Abstract: The present study had the objective to identify to the Social Representations of the professionals of medicine and nursing superior level of the Program Health of the Family concerning the assistance for the gestation. The research was qualitative under the optics of the Theory of the Social Representations of Serge Moscovici, of the Central Nucleus of Jean-Claude Abric and of the Analysis of Content of Laurence Bardin. We worked with the following instruments for the collection of data: Questionnaires, with social-demographic data; Free association of Words, with the inductive terms Pregnancy, Assistance for Gestation and Care; Production of mental image and half-structuralized Interview, with the following question: What does the assistance for the gestation represent for you? . We interviewed all the professionals of nursing and medicine of the Program Health of the Family in the city of Santa Cruz /RN (ten for each profession) in the period of February and March of 2007. From the analysis of the social-demographics data, we respectively identified the following percentages for nursing and medicine: the feminine sex for nursing predominated (90%); the age between 24 and 33 (70 and 60%); the religion catholic (80 and 50%) and 50% of the two groups has up to two years of formation and work in the score of the research. The analysis of the others instruments resulted in two categories: Institutionalized vision and Vision of the Common-sense. In the free association of words, the category institutionalized vision is configured as Central Nucleus and of the common sense one as nucleus Peripheral, demonstrating that the Social Representations of the assistance for the gestation attendance are in the universes consensual. In the mental images, we identified to this same construction. In the content of the interviews, the institutionalized vision is permeated by the#$&responsibility of making and the availability of having - assistance for the gestation is recommended by the Health department and necessary genders - while the vision of the common-sense can be represented by the category sort, whose role of professionals of the assistance for the gestation is to strengthen the responsibility for the woman of a maternity socially constructed. In short, the analyzed speeches reflect that, to the knowledge acquired in the academy, are incorporated in the knowledge of the daily professional, and conducted by popular myths. Medicine and nursing recognize the importance of the attendance in such a way for the chance to educate the women for the maternity as for the possibility to prevent complications, but in its speeches they had excluded from this process the masculine figure. We conclude that the meaning of the inductive term take care, part of the common-sense and is incorporated the institutionalized speech to humanize the assistance. However, the pregnancy ceases from being seen in its natural biological direction and starts to be analyzed as a moment of fragility and predisposition the illnesses. Finally, the social nursing and the central nucleus representations for the assistance in gestation for medicine is anchored in the speeches institutionalized and of the common-sense, reflecting the concern in establishing a humanized assistance with quality. |
|---|