O bem-estar subjetivo e os valores humanos em músicos e advogados da cidade de João Pessoa/

Resumo: Existem valores que predizem a saúde? Mais ainda, será que sua ausência ocasionaria deterioro ao bem-estar subjetivo? A presente pesquisa buscou encontrar respostas a estas questões verificando em que medida os valores humanos explicam o bem-estar subjetivo experimentado pelas pessoas, nos d...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Chaves, Sandra Souza da Silva., Borges, Lívia de Oliveira.
Formato: Tese
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Resumo:Resumo: Existem valores que predizem a saúde? Mais ainda, será que sua ausência ocasionaria deterioro ao bem-estar subjetivo? A presente pesquisa buscou encontrar respostas a estas questões verificando em que medida os valores humanos explicam o bem-estar subjetivo experimentado pelas pessoas, nos diferentes contextos de referência valorativos. Para isso, foram estudadas as profissões de músico e advogado. Em um estudo preliminar, composto de duas pesquisas, buscou-se preencher lacunas quanto à carência de bibliografia que torne conhecido o contexto atual dessas profissões na cidade de João Pessoa, por meio de reportagens do Jornal Correio da Paraíba e entrevistas com informantes privilegiados. Foi utilizada a análise de conteúdo identificando os principais dilemas das profissões, bem como seus contextos sócioocupacionais. No segundo estudo (o estudo principal), o objetivo foi verificar as relações entre as variáveis bem-estar subjetivo e valores humanos para os profissionais, adotando o panorama sócio-econômico das profissões como suporte para as análises. Neste estudo participaram 387 profissionais, sendo 148 músicos (31,8% musicista) e 239 advogados (36,8% cível), com idades variando de 18 a 77 anos (M = 35,9; DP = 12,35), e de 22 a 79 anos (M = 38,6; DP = 12,31), respectivamente, que responderam ao Questionário dos Valores Básicos; à Escala de Afetos Positivos e Negativos; à Escala de Vitalidade; ao Questionário de Saúde Geral - QSG-12; à Escala de Satisfação com a Vida e a Informações sócio-demográficas. Utilizou-se o Pacote Estatístico para as Ciências Sociais (SPSS – Statistical Package for the Social Sciences) e se observou que, quanto aos músicos, destaca-se a importância do tipo de valor Existência/Bio-social apenas com o indicador vitalidade. O tipo de valor#$&Realização/Poder mostrou-se importante para os afetos positivos e para a vitalidade, enquanto que os tipos de valores Realização/Autodireção e Normativos não tiveram influência no bem-estar subjetivo. Apenas a relação entre o tipo Existência/Bio social e vitalidade foi mediada pela variável sexo e estado civil. Para os advogados, o tipo de valor preditor do bem-estar subjetivo foi o Normativo [F(1,219) = 11,8, p ≤ 0,001; Rmúltiplo = 0, 23, R2 ajustado = 0,05]. O tipo de valor Realização/Autodireção não apresentou influência alguma no bem-estar subjetivo. O tipo Existência/Bio-social apresentou uma relação direta com vitalidade e inversa com depressão. Para Realização/Poder observou-se uma relação direta com afetos positivos e inversa com depressão. Este estudo concluiu que a congruência dos valores pessoais com aqueles que foram promovidos, no contexto social de referência, pode ser um indicador de bem-estar subjetivo, desde que se tenha um contexto social valorativo bem demarcado.#$&Abstract: Are there values that predict health? Moreover, would the absence of health motivate deterioration in the subjective well-being? This research has attempted to find answers to these questions by verifying in which proportion human values explain the subjective well-being experienced by people in different contexts of value reference. Both musicians and lawyers have been studied. In a preliminary study, composed of two researches, it was attempted to overcome the lack of bibliography in order to make known the current context of these professions in João Pessoa, Paraíba, through newspaper articles from the Correio da Paraíba and interviews with privileged informers. The technique of content analysis was then used identifying the main dilemmas of the professions as well as their socio-occupational contexts. In the second and main study, the aim was to verify the existing relations among the variables of subjective well-being and the human values for these professionals adopting the socioeconomical panorama of the occupations to support the analysis. 387 professionals took part in this study: 148 musicians (31.8% instrumentalists) and 239 lawyers (36.8% civil), with ages varying from 18 up to 77 years old (M=35.9; SD=12.35), and from 22 up to 79 years (M =38.6; SD=12.31), respectively, answered the Basic Human Values (BHV); Positive and Negative Affect Scale; Vitality Scale; General Health#$&Questionnaire – GHQ-12; Satisfaction with Life Scale and the socio-demographic questions. The SPSS – Statistical Package for the Social Sciences was used and it could be observed that, for the musicians, the importance of the type of existence/bio-social value stands out just as an indicator of vitality. The type of value Accomplishment/Power, showed itself important for the positive affection and for vitality, while the types Accomplishment/Self-direction and Normative haven’t had any influence in the subjective well-being. Only the relation between the Existence/Bio- Social type and vitality was mediated by the sex and marital status variables. As for the lawyers, the type of predictor value of the subjective well-being was the normative [F(1,219) = 11,8, p ≤ 0,001; Rmultiple = 0,23, R2adjusted = 0,05]. On the other hand, the type Existence/Bio social presented a direct relation with vitality but inverse with depression. It was then concluded that the congruency of personal values with those promoted in the social context of reference may be an indicator of subjective well-being, given the existence of a social value context well demarcated.