Máquinas e sujeitos: experiências de operários têxteis frente à modernização tecnológica(Natal,1997)/

Resumo: A partir de uma competitiva indústria têxtil localizada no Rio Grande do Norte, essa investigação aborda as transforações no mundo do trabalho e as experiências de um grupo de tecelões frente às inovações tecnológicas. A expressão "inovação tecnológica" envolve tanto as transformaç...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores:	Souza, Washington José de., Araújo, Maria Neyara de Oliveira., Universidade Federal do Ceará.
Formato:	Tese
Publicado em:
Assuntos:	Educação - Tese. Trabalho - Socialização do Homem - Indústria Têxtil - Transformações do Trabalho - Modernização -
Endereço do item:	https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/92301
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spelling	oai:localhost:123456789-652602022-11-30T05:17:05Z Máquinas e sujeitos: experiências de operários têxteis frente à modernização tecnológica(Natal,1997)/ Souza, Washington José de. Araújo, Maria Neyara de Oliveira. Universidade Federal do Ceará. Educação - Tese. Trabalho - Socialização do Homem - Indústria Têxtil - Tese. Transformações do Trabalho - Modernização - Tese. Resumo: A partir de uma competitiva indústria têxtil localizada no Rio Grande do Norte, essa investigação aborda as transforações no mundo do trabalho e as experiências de um grupo de tecelões frente às inovações tecnológicas. A expressão "inovação tecnológica" envolve tanto as transformações incorporadas nas máquinas e equipamentos, quanto as novas tendências de organização do processo de trabalho. São estudadas as imagens e percepções inerentes à análise subjetiva dos processos intrísecos (positivos e negativos) e extrínsecos, relacionados às oportunidades e ameaças. As mudanças tecnológicas implementadas pelas empresa incluen a substituição da antiga maquinaria mecânica por máquinas e equipamentos automáticos, a implantação de novas técnicas de organização do trabalho como controle da qualidade total e a ferramenta japonesa "5S" de conservação do ambiente físico de trabalho e a terceirização de algumas atividades secundárias como o restaurante e os serviços de segurança. A partir de entrevistas abertas com oito tecelões, cinco homens e três mulheres, coletou-se inforações a respeito da forma como esse grupo de trabalhadores vem absorvendo as mudanças tecnológicas ocorridas nos últimos dez anos. A mudança fundamental, percebida pelo grupo, é a maquinaria, que se apresenta, inicialmente, despertando sentimentos de atração, pois, trata-se de uma tecnologia "limpa" e "inteligente", que pode permitir a redução do esforço físico, e exige maior esforço intelectual, no que se refere ao manuseio do seu funcionamento, controle e manutenção. Entretanto, os temores quanto à eliminação de postos de trabalho e o desemprego levam o grupo à rejeição, não da nova tecnologia, mas, da lógica capitalista, representada pela forma como os capitais e seus administradores a empregam.#$&A nova tecnologia intensificou o trabalho, quer pelo aumento no ritmo de trabalho, quer pela mudança na jornada de trabalho. O grupo vem trabalhando em dois turnos - de 12 de jornada diária cada -, durante quatro dias na semana, intercalados com dois dias de folga. Esse fenômeno é especialmente nocivo às mulheres, devido às suas condições físico-biológicas e à jornada dupla de trabalho. Essas alterações não trouxeram incremento salarial, estão gerando problemas de saúde e incertezas e inseguranças quanto ao futuro. Os tecelões mostram-se preocupados com a formação dos filhos, que estão estudando em escolas privadas, pois, acreditam, o ensino privado possui qualidade superior em relação ao ensino público. Os cursos de qualificação profissional da indústria possuem resultados duvidosos e a sua pertinência também é questionada, tanto na forma quanto no conteúdo. As relações de poder não sofreram mudanças significativas, uma vez que as decisões estratégicas continuam centralizadas e, assim, a divisão entre trabalho intelectual e manual está mantida. Por fim, a partir da revisão bibliográfica e dos resultados da investigação empírica, questiona-se a validade e pertinência do conceito "pós-fordismo", pois, acredita-se que as evidências empíricas são insuficientes para que se possa falar na superação do "velho" modelo de organização "fordista".#$&Abstract: 2 2022-10-05T16:06:01Z 2022-10-05T16:06:01Z 1999. Tese 331 S729m TESE 92301 https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/92301 https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/92301
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