A nação guesa de Sousândrade : uma narrativa em viagem /

Resumo: Esta tese, intitulada A nação guesa de Sousândrade: uma narrativa em viagem, consiste na leitura e análise, realizadas no deslocamento entre arquivo e repertório, do poema O Guesa, de Joaquim de Souza Andradre, poeta maranhense do século XIX. Obra que tem como estratégia dramatizar os discur...

ver descrição completa

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: Souza, Ana Santana., Souza, Ilza Matias de., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Tese
Publicado em:
Assuntos:
Endereço do item:https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/86383
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
id oai:localhost:123456789-60885
record_format dspace
institution Acervo SISBI
collection SIGAA
topic Literatura comparada -
Tese.
Épica -
Tese.
Perfomance -
Tese.
Disseminação -
Tese.
Alegoria -
Tese.
Invenção cultural -
Tese.
Entre-lugar no discurso latino-americano -
Tese.
spellingShingle Literatura comparada -
Tese.
Épica -
Tese.
Perfomance -
Tese.
Disseminação -
Tese.
Alegoria -
Tese.
Invenção cultural -
Tese.
Entre-lugar no discurso latino-americano -
Tese.
Souza, Ana Santana.
Souza, Ilza Matias de.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
A nação guesa de Sousândrade : uma narrativa em viagem /
description Resumo: Esta tese, intitulada A nação guesa de Sousândrade: uma narrativa em viagem, consiste na leitura e análise, realizadas no deslocamento entre arquivo e repertório, do poema O Guesa, de Joaquim de Souza Andradre, poeta maranhense do século XIX. Obra que tem como estratégia dramatizar os discursos nacionais, permitindo pensar, dentro do espaço da literatura, no debate da formação da nação, enquanto ato inconcluso, aberto e em condições fragmentárias. Tendo como chave de leitura o conceito de performance, aplicado aos textos escritos, seguindo as reflexões de Ravetti (2003), a tese caminha no sentido de demonstrar como Sousândrade, numa visão bem contemporânea às narrativas da nação moderna do século XX, elabora uma performance alegórica na forma de uma poética da serpente, animal totem e mitológico. O poeta, através da errância do Guesa, transgride as fronteiras tanto dos territórios político-culturais, quanto dos géneros literários, concebendo língua e Nação como entidades plurais, configuradas entre apropriações e perdas. O autor escreve uma narrativa em viagem que transita entre (auto)biografia e ficção, realidade e sonho. Escrita da sua própria invenção das culturas, O Guesa pode ser assim recuperado em sua dimensão de transgênero performático, que reúne contribuições de diferentes culturas e tradições. O andamento narrativo do poema provoca imagens de um deslizamento em serpentinata, insinuoso, vinculado à serpente emplumada (quetzalcoati), que percorre os altos e os baixos de uma cartografia imaginada, numa metamorfose sem fim. Age o poeta no nível da seleçâo de imaginários latino-americanos praticamente desconhecidos na literatura romântica nacional do século que viveu.#$&Distancia-se dos cânones românticos de extraçâo europeia e procede à invenção de uma mestiçagem, composta com fragmentos e ruínas das Américas do norte, central e do sul e com restos de outras culturas colonizadas, revitalizando seus mitos e sua história no confronto com a cultura hegemónica do colonizador. A narrativa da nação sousandradina será uma alegoria (BENJAMIN, 1984), tecida num entre-lugar (SANTIAGO, 2000), tornando-se uma máquina literária de dissemiNaçao (BHABHA, 1998). Para esta abordagem de O Guesa, além dos conceitos referidos, recorre-se às noções de bricolagem (LEVI-STRAUSS, 1976), hibridaçâo (CANCLINI, 2003), mestiçagem (GRUZINSKI, 2001), nomadismo (MAFFESOLI, 2001), estrangeiro (KRISTEVA, 1994), heterogeneidade (POLAR, 2000). Procede-se também à revisão da fortuna crítica, colocando em diálogo os críticos que a compõem. Procedimento que contribui decisivamente para a melhor e maior fundamentação destas reflexões.#$&Resumen: Esta tesis, nombrada La nación guesa de Sousândrade: una narrativa en viaje, consiste en Ia lectura y análisis, realizadas en el desplazamiento entre archivo y repertório, del poema El Guesa, de Joaquim de Souza Andradre, poeta maranense del siglo XIX. Obra que tiene como estratégia dramatizar los discursos nacionales, permitiendo pensar, dentro del espado de Ia literatura, en Ia discusión de Ia formación de Ia nación, como acto inconcluso, abierto y en condiciones fragmentarias. Tiene como clave de lectura el concepto de performance, aplicado a los textos escritos, siguiendo Ias reflexiones de Ravetti (2003), Ia tesis camina en el sentido de demostrar como Sousândrade, en una visión biem contemporânea a Ias narrativas de Ia nación moderna del siglo XX, elabora una performance alegórica en forma de una poética de Ia serpiente, animal totem y mitológico. El poeta, a través de los errores de Guesa, transgride Ias fronteras tanto de los territórios político-culturales, cuanto de tos géneros literários, reconociendo lengua y Nación como entidades plurales, configuradas entre apropiaciones y perdidas. El autor escribe una narrativa en viaje que transita entre (auto)biografía y ficción, realidad y sueno. Escrita de su propia invención de Ias culturas, E/ Guesa puede ser así recuperado en su dimensión de transgénero performático, que reúne contribuciones de diferentes culturas y tradiciones. El desarrollo narrativo del poema provoca imágenes de un desplazamiento en serpentinata, insinuativo, vinculado a Ia serpiente nombrada (quetzalcoati), que recorre los altos y bajos de una cartografia imaginada, en una metamorfosis sin fin. Acciona el poeta a nivel de Ia selección de imaginários latinoamericanos practicamente desconocidos en Ia literatura romântica nacional del siglo que ha vivido.#$&Se aleja de los cânones românticos de extración europea y procede a Ia invención de un mestizaje, compuesto con fragmentos y minas de Ias Américas del norte, central y del sur y con el restante de otras culturas colonizadas, revitalizando sus mitos y su historia en el confronto con Ia cultura hegemónica del colonizador. La narrativa de Ia nación sousandradina será una alegoria (BENJAMIM, 1984), tejida en un entre-lugar (SANTIAGO, 2000), volviéndose una máquina literária de disemiNación (BHABHA, 1998). Para este abordaje de El Guesa, adernas de los conceptos referidos, se recorre a Ias nociones de bricolagem (LEVI-STRAUSS, 1976), hibridación (CANCLINI, 2003), mestizaje (GRUZINSKI, 2001), nomadismo (MAFFESOLI, 2001), extranjero (KRISTEVA, 1994), heterogeneidad (POLAR, 2000). Se procede tambiém a Ia revisión de Ia fortuna crítica, colocando en diálogo a los críticos que Ia componen. Procedimiento que contribuye decisivamente para Ia mejor y mayor fundamentación de estas reflexiones.
format Tese
author Souza, Ana Santana.
Souza, Ilza Matias de.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
author_facet Souza, Ana Santana.
Souza, Ilza Matias de.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
author_sort Souza, Ana Santana.
title A nação guesa de Sousândrade : uma narrativa em viagem /
title_short A nação guesa de Sousândrade : uma narrativa em viagem /
title_full A nação guesa de Sousândrade : uma narrativa em viagem /
title_fullStr A nação guesa de Sousândrade : uma narrativa em viagem /
title_full_unstemmed A nação guesa de Sousândrade : uma narrativa em viagem /
title_sort nação guesa de sousândrade : uma narrativa em viagem /
publishDate 2022
url https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/86383
work_keys_str_mv AT souzaanasantana anacaoguesadesousandradeumanarrativaemviagem
AT souzailzamatiasde anacaoguesadesousandradeumanarrativaemviagem
AT universidadefederaldoriograndedonorte anacaoguesadesousandradeumanarrativaemviagem
AT souzaanasantana nacaoguesadesousandradeumanarrativaemviagem
AT souzailzamatiasde nacaoguesadesousandradeumanarrativaemviagem
AT universidadefederaldoriograndedonorte nacaoguesadesousandradeumanarrativaemviagem
_version_ 1766820364581601280
spelling oai:localhost:123456789-608852022-11-30T03:58:32Z A nação guesa de Sousândrade : uma narrativa em viagem / Souza, Ana Santana. Souza, Ilza Matias de. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Literatura comparada - Tese. Épica - Tese. Perfomance - Tese. Disseminação - Tese. Alegoria - Tese. Invenção cultural - Tese. Entre-lugar no discurso latino-americano - Tese. Resumo: Esta tese, intitulada A nação guesa de Sousândrade: uma narrativa em viagem, consiste na leitura e análise, realizadas no deslocamento entre arquivo e repertório, do poema O Guesa, de Joaquim de Souza Andradre, poeta maranhense do século XIX. Obra que tem como estratégia dramatizar os discursos nacionais, permitindo pensar, dentro do espaço da literatura, no debate da formação da nação, enquanto ato inconcluso, aberto e em condições fragmentárias. Tendo como chave de leitura o conceito de performance, aplicado aos textos escritos, seguindo as reflexões de Ravetti (2003), a tese caminha no sentido de demonstrar como Sousândrade, numa visão bem contemporânea às narrativas da nação moderna do século XX, elabora uma performance alegórica na forma de uma poética da serpente, animal totem e mitológico. O poeta, através da errância do Guesa, transgride as fronteiras tanto dos territórios político-culturais, quanto dos géneros literários, concebendo língua e Nação como entidades plurais, configuradas entre apropriações e perdas. O autor escreve uma narrativa em viagem que transita entre (auto)biografia e ficção, realidade e sonho. Escrita da sua própria invenção das culturas, O Guesa pode ser assim recuperado em sua dimensão de transgênero performático, que reúne contribuições de diferentes culturas e tradições. O andamento narrativo do poema provoca imagens de um deslizamento em serpentinata, insinuoso, vinculado à serpente emplumada (quetzalcoati), que percorre os altos e os baixos de uma cartografia imaginada, numa metamorfose sem fim. Age o poeta no nível da seleçâo de imaginários latino-americanos praticamente desconhecidos na literatura romântica nacional do século que viveu.#$&Distancia-se dos cânones românticos de extraçâo europeia e procede à invenção de uma mestiçagem, composta com fragmentos e ruínas das Américas do norte, central e do sul e com restos de outras culturas colonizadas, revitalizando seus mitos e sua história no confronto com a cultura hegemónica do colonizador. A narrativa da nação sousandradina será uma alegoria (BENJAMIN, 1984), tecida num entre-lugar (SANTIAGO, 2000), tornando-se uma máquina literária de dissemiNaçao (BHABHA, 1998). Para esta abordagem de O Guesa, além dos conceitos referidos, recorre-se às noções de bricolagem (LEVI-STRAUSS, 1976), hibridaçâo (CANCLINI, 2003), mestiçagem (GRUZINSKI, 2001), nomadismo (MAFFESOLI, 2001), estrangeiro (KRISTEVA, 1994), heterogeneidade (POLAR, 2000). Procede-se também à revisão da fortuna crítica, colocando em diálogo os críticos que a compõem. Procedimento que contribui decisivamente para a melhor e maior fundamentação destas reflexões.#$&Resumen: Esta tesis, nombrada La nación guesa de Sousândrade: una narrativa en viaje, consiste en Ia lectura y análisis, realizadas en el desplazamiento entre archivo y repertório, del poema El Guesa, de Joaquim de Souza Andradre, poeta maranense del siglo XIX. Obra que tiene como estratégia dramatizar los discursos nacionales, permitiendo pensar, dentro del espado de Ia literatura, en Ia discusión de Ia formación de Ia nación, como acto inconcluso, abierto y en condiciones fragmentarias. Tiene como clave de lectura el concepto de performance, aplicado a los textos escritos, siguiendo Ias reflexiones de Ravetti (2003), Ia tesis camina en el sentido de demostrar como Sousândrade, en una visión biem contemporânea a Ias narrativas de Ia nación moderna del siglo XX, elabora una performance alegórica en forma de una poética de Ia serpiente, animal totem y mitológico. El poeta, a través de los errores de Guesa, transgride Ias fronteras tanto de los territórios político-culturales, cuanto de tos géneros literários, reconociendo lengua y Nación como entidades plurales, configuradas entre apropiaciones y perdidas. El autor escribe una narrativa en viaje que transita entre (auto)biografía y ficción, realidad y sueno. Escrita de su propia invención de Ias culturas, E/ Guesa puede ser así recuperado en su dimensión de transgénero performático, que reúne contribuciones de diferentes culturas y tradiciones. El desarrollo narrativo del poema provoca imágenes de un desplazamiento en serpentinata, insinuativo, vinculado a Ia serpiente nombrada (quetzalcoati), que recorre los altos y bajos de una cartografia imaginada, en una metamorfosis sin fin. Acciona el poeta a nivel de Ia selección de imaginários latinoamericanos practicamente desconocidos en Ia literatura romântica nacional del siglo que ha vivido.#$&Se aleja de los cânones românticos de extración europea y procede a Ia invención de un mestizaje, compuesto con fragmentos y minas de Ias Américas del norte, central y del sur y con el restante de otras culturas colonizadas, revitalizando sus mitos y su historia en el confronto con Ia cultura hegemónica del colonizador. La narrativa de Ia nación sousandradina será una alegoria (BENJAMIM, 1984), tejida en un entre-lugar (SANTIAGO, 2000), volviéndose una máquina literária de disemiNación (BHABHA, 1998). Para este abordaje de El Guesa, adernas de los conceptos referidos, se recorre a Ias nociones de bricolagem (LEVI-STRAUSS, 1976), hibridación (CANCLINI, 2003), mestizaje (GRUZINSKI, 2001), nomadismo (MAFFESOLI, 2001), extranjero (KRISTEVA, 1994), heterogeneidad (POLAR, 2000). Se procede tambiém a Ia revisión de Ia fortuna crítica, colocando en diálogo a los críticos que Ia componen. Procedimiento que contribuye decisivamente para Ia mejor y mayor fundamentación de estas reflexiones. 1 2022-10-05T15:16:20Z 2022-10-05T15:16:20Z 2006. Tese 82.091 S719n TESE (broch.). 86383 https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/86383 https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/86383