O saber antropológico : complexidades objetivações desordens incertezas /

O processo histórico-antropológico de produção do conhecimento assinala a progressiva fragmentação dos saberes, a disjunção cérebro-espirito e a instauração arbitrária da dualidade entre o pensamento simbólico/mítico e o itinerário lógico/racional. A leitura fragmentada do irundo que separa as ciênc...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Moura, Maria da Conceição de Almeida., Carvalho, Edgard de Assis., Universidade Católica de São Paulo.
Formato: Tese
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Endereço do item:https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/81085
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Resumo:O processo histórico-antropológico de produção do conhecimento assinala a progressiva fragmentação dos saberes, a disjunção cérebro-espirito e a instauração arbitrária da dualidade entre o pensamento simbólico/mítico e o itinerário lógico/racional. A leitura fragmentada do irundo que separa as ciências naturais e as ciências do homem e que tem no cartesianismo sua forma paradigmática mais consolidada, amplifica-se na cisão histórica ciência x tradição. Para além das limitações das teorias históricas e da sua superação, deve-se reconhecer na rigidez das estruturas paradigmáticas o bloqueio maior para um pensamento complexo, mais universa-lista e gerado na dialógica da diversidade dos saberes e visões de mundo. Como referencial, a prática científica da Antropologia brasileira é analisada a partir da produção de quatro Universidades, no período 1975-85. A hipótese fundamental é de que o discurso sobre a pesquisa de campo contém e parcialmente explicita a "infra-estrutura tácita de ideias e conceitos" que orienta, condiciona e limita o exercício do pensamento científico. Indica-se a necessidade de pensar uma nova Antropologia a partir do diálogo pensamento simbólico/mítico x pensamento lógico/racional no contexto de uma nova ciência, um novo sujeito, uma nova ética, uma nova universidade. Argumenta-se no sentido de que, e os bloqueios à complexidade »se devem a estruturas culfurais/coletivas, exercícios individuais de pensadores menos submissos ao im-prínting paradigmático podem se constituir em focos multiplicadores de desordens para uma nova reorganização mais totalizadora dos saberes. O diálogo ciência-tradição, a superação das estruturas duais de pensar, a articulação cérebro-espirito, por meio de uma "razão aberta”, sugerem o desempenho da capacidade de pensar marginal.