Representações sociais, relações de gênero e programas de assistência e educação à saúde da mulher no climatério em Natal/RN/

Resumo: Climatério é uma palavra que serve para nomear o período da vida humana que vai dos 40 anos, aproximadamente, até os 65 anos de idade. Todavia, para além de uma fase biológica da vida da mulher, o climatério é um objeto do mundo social que se presta a diferentes apreensões e leituras no plan...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Oliveira, Maria Francinete de., Domingos Sobrinho, Moisés.
Formato: Tese
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Descrição
Resumo:Resumo: Climatério é uma palavra que serve para nomear o período da vida humana que vai dos 40 anos, aproximadamente, até os 65 anos de idade. Todavia, para além de uma fase biológica da vida da mulher, o climatério é um objeto do mundo social que se presta a diferentes apreensões e leituras no plano simbólico. Neste estudo, buscou-se conhecer as representações sociais que profissionais da saúde atuando nos programas do climatério e as usuárias desses mesmos serviços constroem a respeito desse objeto. Além disso, procurou-se ver como a representação social hegemônica orienta as ações e atitudes dos agentes nas práticas de assistência e educação para a saúde da mulher no climatério, no âmbito das instituições investigadas. Os dados foram coletados através de entrevistas, questionário, grupo focal de discussão e da observação direta. O campo de observação foi constituído pelas três instituições que, na cidade do Natal, desenvolvem a assistência e educação para a saúde da mulher no climatério. Adotando-se, também, uma perspectiva de gênero, procurou-se evidenciar como as estruturas cognitivas que asseguram a reprodução do poder masculino articulam-se às representações sociais para construir uma atribuição de sentido ao objeto investigado. Constatou-se que as representações sociais do climatério são construídas, principalmente, em torno dos campos semânticos velhice e doença. Para as profissionais de saúde, a ressignificação do signo velhice carrega as marcas do sistema identitário da classe média assalariada, mas também, do habitus feminino que lhes orienta a ter uma apreensão ética e estética do próprio corpo. O climatério, dessa forma, é visto como uma fase difícil , um evento doloroso que amedronta . Para as mulheres assistidas por essas profissionais o signo velhice é ressignificado dando-se ênfase aos aspectos biológicos do climatério, ou seja, as sensações #$&e sinais que impedem o corpo de realizar determinadas funções básicas ligadas ao viver/sobreviver. Ao longo de todo o percurso da tese, constatou-se que o climatério é um fenômeno complexo que precisa ser encarado como tal. Enquanto fenômeno cultural urge, particularmente no campo da saúde, buscar meios que ajudem a combater a centralidade das representações profissionais que encaram o climatério como velhice e como doença.