O "novo" aos olhos do "velho" : uma leitura da Economia de Comunhão a partir do pensamento de Marx/

Procurou-se, através de pesquisa estritamente bibliográfica, privilegiando a análise de cinco categorias: origem, propriedade privada, trabalho, natureza humana e transformação social, propor uma leitura da Economia de Comunhão (EdC) a partir do pensamento de Marx. Neste sentido, observou-se que a v...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Wellen, Henrique André Ramos., Alloufa, Jomária Mata de Lima., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Dissertação
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Endereço do item:https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/59708
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Descrição
Resumo:Procurou-se, através de pesquisa estritamente bibliográfica, privilegiando a análise de cinco categorias: origem, propriedade privada, trabalho, natureza humana e transformação social, propor uma leitura da Economia de Comunhão (EdC) a partir do pensamento de Marx. Neste sentido, observou-se que a visão de transformação social da EdC se apresenta de forma limitada por não privilegiar a abolição das bases materiais que mantêm o sistema capitalista, nem salientar que a racionalidade vigente é elemento resultante da exploração do trabalho. Em relação à visão da natureza humana, a EdC, ao centrar-se na perspectiva da racionalidade, não adota um entendimento histórico do ser humano, prevalecendo uma concepção estática pautada na idealização de características tidas como integrantes da essência do homem, por serem qualidades comuns às pessoas que integram tal movimento. Por não preconizar que é o trabalho humano, e a forma como este se apresenta, que determinará a consciência humana e o tipo de racionalidade vigente na sociedade, a EdC destaca como elemento central da vida humana a racionalidade, apregoando vantagens sociais com a humanização da exploração do trabalho. Em sentido similar, a proposta da EdC também se contradiz em relação à existência de uma função social com apropriação privada dos meios de produção, visto que, a exploração do trabalho alheio e, conseqüentemente, sua materialização em propriedade privada, antes de ser tida como possibilidade de melhoria social, resulta em acumulação individual e contradição social. Finalmente, observa-se que a EdC, ao se intitular como detentora de uma nova ideologia capaz#$&de sanar os males do capitalismo, assemelha-se à Doutrina Social da Igreja Católica, não se apresentando como uma proposta tão "nova" conforme auto-proclamam seus defensores. De outra forma, o pensamento de Marx, contemporaneamente tratado como ultrapassado ou "velho", criticado como incapaz de perceber novas dinâmicas sociais, inclusive pelos propagadores da EdC, apresentou-se, dentro das limitações deste trabalho, como uma base teórica válida e atual.#$&This bibliography research searched proposing a reading of the Communion Economy (CE) in the light of the Marx's thought through the analyses of five categories: origin, private property, work, human nature and social transformation. It was observed that the CE vision of social transformation is limited because it keeps the material basis of capitalism system and doesn't recognize the present rationality as an element of the work exploration. The CE human nature vision, which is centred in rationality perspective, doesn't understand the human been historically and emphasizes the properties of the people who belong to their movement as the ideal properties. The CE detaches as the human life's central element the rationality, preaching social spoils through the humanization of the work exploration, so, the CE ignores that the human conscience and the rationality are determined by the human work and the way whereby it is presented. At the same way, the CE proposal is contradictory when affirms that the private property of the modes of production has a social function, in as much as the work exploration and its materialization as privacy property don't result in social improvement, but in individual accumulation and social contradiction. Finally, it is important to deny the affirmation that the CE is a new ideology able to finish the capitalism maladies because this proposal is very similar to Catholic Church Social Doctrine, so it's not so "new" as its defenders proclaim. By other si de, Marx's thought, which is treated as surpassed ar "old" and criticized as unable to perceive new social dynamics, including by CE preachers, appears, inside this work limitation, as a valid and present theoretically basis.