Pesquisa de DNA dos papilomavírus humanos (HPVs) no sangue periférico de mulheres com infecção genital por HPV e neoplasias do colo do útero /

O acúmulo crescente de evidências clínicas e laboratorias e de vários estudos epidemiológicos não deixa dúvidas sobre o papel de certos tipos de HPVs no desenvolvimento de neoplasias do trato genital. O HPV é considerado um parasita específico de células epiteliais da pele e das mucosas genital ou o...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Soares, Rosilene Calazans., Meissner, Rosely de Vasconcellos., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Dissertação
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Endereço do item:https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/54132
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Descrição
Resumo:O acúmulo crescente de evidências clínicas e laboratorias e de vários estudos epidemiológicos não deixa dúvidas sobre o papel de certos tipos de HPVs no desenvolvimento de neoplasias do trato genital. O HPV é considerado um parasita específico de células epiteliais da pele e das mucosas genital ou orofaríngea, mas alguns pesquisadores têm relatado que o DNA viral pode ser detectado no sangue periférico de mulheres com inflamação cervical. O objetivo deste trabalho foi verificar se o DNA do vírus pode ser detectado no sangue periférico de 63 mulheres, sendo 43 com diversos graus de NICs ou cervicite, 11 com doagnóstico de câncer e 9 voluntárias clinicamente saudáveis e, se presente, verificar se existe associação com a lesão cervical. As amostras de DNA extraídas do sangue periférico total ou do tecido cervical foram inicialmente amplificadas por PCR empregando-se um par de iniciadores específicos para o gene da ß-glibina humana para avaliaçãp da eficiência da extração. As amostras foram então submetidas a PCRs com os iniciadores genéricos GP5+/GP6+ ou degenerados MY09/MY11 para seqüências do DNA do HPV. Não ocorreu amplificação em nenhuma das amostras de sangue periférico com um ou outro par de iniciadores. Foi então nested PCR empregando-se os pares de iniciadores MY09/MY011e GP+/GP6+ para aumentar a sensibilidade de detecção. Em 30 (55,5%) das 54 amostras de sangue de mulheres com alguma patologia cervical pôde-se detectar, após eletroforese em gel de poliacrilamida a 8,5% e cocloração pela prata, a presença de uma banda de tamanho similar (150-200 pb) ao da banda amplificada nos controles positivos (DNA de células HeLa e CaSki).#$&Entretanto, a banda obtida nas amostras de sangue não era do mesmo tamanho da dos controles positivos. Nas 9 amostras de sangue das mulheres do grupo de voluntárias clinicamente saudáveis, nenhuma banda foi amplificada. Quanto às amostras de tecido cervical, o DNA do vírus foi detectado em 13 (54,1%) das 24 amostras analisadas, fazendo-se por PCR simples com os iniciadores GP5+/GP6+. Os produtos das PCRs positivas de 30 amostras de sangue e de 11 amostras de tecido foram enviadas para hibridização dot blot com sondas radioativas específicas para os 19 tipos mais comuns de HPVs genitais. A presença do DNA do HPV não foi confirmada em nenhuma das amostras de sangue, porém 9 (81,8%) das 11 amostras de tecido PCR positivas foram também para o dot blot (quatro amostras com HPV 16; uma com HPV 16 ou 45; duas com HPV 31, 33 ou 35; e uma com HPV 54,56 ou 58). Estes resultados indicam que a seqüência amplificada a partir do DNA das amostras de sangue não é igual à esperada para amplificação do DNA do HPV e provavelmente é derivada do DNA celular.