Okê, caboclo! um estudo etnográfico sobre a dança do caboclo na umbanda. /

Este trabalho objetiva apreender o significado que a dança dos caboclos, como parte ritual da umbanda, apresenta para os médiuns que participam das giras. Ou seja, como essa prática pode representar a unificação da vida comum dos indivíduos com as suas crenças religiosas, servindo de elo entre a rea...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Ramos, Rafaela Meneses., Assunção, Luiz Carvalho de., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Monografia UFRN
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Endereço do item:https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/52649
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Descrição
Resumo:Este trabalho objetiva apreender o significado que a dança dos caboclos, como parte ritual da umbanda, apresenta para os médiuns que participam das giras. Ou seja, como essa prática pode representar a unificação da vida comum dos indivíduos com as suas crenças religiosas, servindo de elo entre a realidade social e as representações simbólicas coletivas. Para isso, foi preciso realizar um estudo etnográfico de vários momentos do terreiro - não só daqueles relacionados às entidades caboclos - com o intuito de, a partir de uma maior integração junto a comunidade, vivenciar o sentido de suas práticas por meio da observação e do compartilhamento de percepções (as minhas e as dos adeptos). Nesta análise, compreendemos o ato de dançar com um significado que ultrapassa a representação de uma imagem, mas que faz emergir no íntimo dos fiéis o sentimento de que eles estão contantemente em ligação com o mundo sagrado, percebendo-o como próximo e real. A dança costituiu-se numa forma de manter forte a ligação entre os homens e os seus deuses, transcendendo a existência dos primeiros para um universo idealizado. Aqueles que dançam o caboclo incorporam, em todos os sentidos, sua essência e trazem essa experiência para seu cotidiano; sua visão de mundo reflete as representações que se tem sobre essa entidade e é a partir delas que os indivíduos controem a realidade social em que vivem.