A fundação da Escola Doméstica de Natal : um modelo diferenciado de educação feminina /

A educação feminina brasileira, no ínicio do século vinte, se constituía em algo restrito às camadas abastadas da sociedade, se mostrando limitada à medida que se baseava apenas em música, uma língua estrangeira (sendo o francês o mais usua), os chamados trabalhos de agulha, e noções rudimentares de...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Areias, Deise Tavares., Gomes, Ana Laudelina Ferreira., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Monografia UFRN
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Endereço do item:https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/48674
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Descrição
Resumo:A educação feminina brasileira, no ínicio do século vinte, se constituía em algo restrito às camadas abastadas da sociedade, se mostrando limitada à medida que se baseava apenas em música, uma língua estrangeira (sendo o francês o mais usua), os chamados trabalhos de agulha, e noções rudimentares de gramática. Com a influência do Positivismo surgem novas possibilidades de educação feminina, pois essa corrente de idéias vai destacar a mulher, dentro da vida familiar, como o ser primordial nas transformações da sociedade visando o que entendiam como "progresso de uma nação". Por esta razão, a educação feminina deveria voltar-se para preparar adequadamente as meninas para cumprir este papel. Isso foi considerado uma inovação para a época, porém não possibilitou à mulher uma emancipação efetiva. No Rio Grande do Norte, o intelectual Henrique Castriciano de Souza, influenciado também por estas idéias, alia-se a um grupo de elite da sociedade potiguar para a formação de uma Liga de Ensino, que, segundo seus documentos, visava auxiliar o processo educacional no estado e principalmente criar uma escola feminina, nos modelos de instituições européias, voltada para o ensino doméstico. Esse último objetivo foi alcançado em 1914, com a fundação da Escola Doméstica de Natal, um estabelecimento particular de ensino, cuja proposta curricular se diferenciava das demais escolas da época, uma vez que oferecia um programa essencialmente prático, todo voltado para o gerenciamento do lar, incluindo a criação dos filhos, normatização de condutas para os papéis de esposa e mãe, diferentemente de uma educação restrita ao mero refinamento social da mulher para o convívio social.