Mídia e eleição: um estudo sobre a cobertura do jornal Diário de Natal das eleições para governador do Rio Grande do Norte em 2002 /
A cobertura das eleições para governador do Estado do Rio Grande do Norte, feita pelo jornal Diário de Natal (DN), traduz bem a "cultura jornalística", típica dos meios de comunicação do nosso Estado e do Brasil. Isso fica patente, grosso modo, a partir do privilégio que dá em sua cobertur...
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Formato: | Monografia UFRN |
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Resumo: | A cobertura das eleições para governador do Estado do Rio Grande do Norte, feita pelo jornal Diário de Natal (DN), traduz bem a "cultura jornalística", típica dos meios de comunicação do nosso Estado e do Brasil. Isso fica patente, grosso modo, a partir do privilégio que dá em sua cobertura jornalística para o enfoque centrado no enquadramento episódico. Neste tipo de enquadramento, a imprensa aborda fatos corriqueiros e eventuais, tais como convenções, debates, comícios, viagens dos candidatos e atritos triviais durante a campanha, numa abordagem meramente episódica e circunstancial. Tal tipo de cobertura jornalística não permite ao leitor, enquanto cidadão, formar uma consciência crítica das eleições, momento político dos mais importantes para a sociedade, nem tampouco avaliar os aspectos substantivos, relevantes do processo eleitoral, deixando de contribuir para a formação de indivíduos que sejam, de fato, sujeitos dos processos sociais. Em cinco meses de cobertura diária do pleito estadual, o DN deixou de apresentar a seus leitores questões substanciais que permitissem ao leitor-eleitor ficar a par das propostas dos candidatos para os problemas do Estado, além de não ter contribuído para promover o debate sobre a realidade dos potiguares em setores vitais como educação, saúde, saneamento básico, política agrária, emprego, entre outros. O enquadramento episódico, predominate na cobertura do DN durante a campanha eleitoral para Governador do RN em 2002, deixa patente também a ausência da prática do pretendido conceito de objetividade no jornalismo. Este conceito se traduz pela defesa de que o jornalismo deve ser crítico, moderno, pluralista e apartidário, estando a serviço do leitor e equidistante das influências, sejam político-partidárias, sejam mercadológicas. |
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