Estudo bioecologico de Mugil curema, (Cuvier & Valenciennes, 1836) do complexo estuarino do Rio Potengi/RN /

Estudos bioecológicos da tainha Mugil curema (Cuvier & Valenciennes, 1836) foram realizados no estuário do rio Potengi, Natal/RN, durante o período de março de 1996 a março de 1997, totalizando 13 amostras com um total de 514 exemplares da espécie em estudo. Estes estudos tiveram como objetivo e...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Oliveira, Moacir Franco de, Oliveira, Jorge Eduardo Lins., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Dissertação
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Endereço do item:https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/31235
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Descrição
Resumo:Estudos bioecológicos da tainha Mugil curema (Cuvier & Valenciennes, 1836) foram realizados no estuário do rio Potengi, Natal/RN, durante o período de março de 1996 a março de 1997, totalizando 13 amostras com um total de 514 exemplares da espécie em estudo. Estes estudos tiveram como objetivo estabelecer alguns aspectos sobre a nutrição e reprodução da tainha. De cada exemplar coletado foram tomadas medidas de: comprimento total, peso total, peso eviscerado e peso da gônada. Os estômagos foram retirados, pesados, seus estágios de repleção determinados, em seguida fixados em formol a 4,0% e posteriormente, conservados em álcool a 70%, sendo acrescido a cada frasco contendo o conteúdo estomacal 1 ml de solução de iodo a 0,2%, para melhor conservação das microalgas. Para a análise dos aspectos reprodutivos as gônadas foram identificadas quanto ao sexo, quanto ao estágio de maturação em seguida, pesadas. Das destinadas à obtenção de cortes histológicos foi retirada um porção com cerca de 2 cm a 5 cm e fixada em formol a 10% ou em Bouin. No laboratório este material foi processado a fim de que se pudesse fazer a caracterização microscópica dos estágios de maturação. Os exemplares amostrados apresentam comprimento total que variou de 11,7cm a 41,5cm e peso total de 17g a 695g, observando-se uma tendência das fêmeas serem maiores e mais pesadas que os machos.#$&Houve um predomínio no número de fêmeas em relação ao de machos. Os meses de novembro e fevereiro foram os que apresentaram uma maior porporção de machos e os meses de março e junho maior proporção de fêmeas. A relação peso total / comprimento total para machos foi Wt=0,0299Lt2,6644, para fêmeas Wt=0,0234Lt2,7367 e para sexos agrupados Wt=0,0264Lt2,7014. Quanto aos aspectos da nutrição os principais itens alimentares identificados para a espécie, durante o período, constituiram-se de microlagas do grupo das Bacillariophyceae, além de Cyanophyceae, Euglenophyceae, Chlorophyceae e Dinophycea. O grau médio de repleção variou entre 0,07 e 9,80 e a minoria dos estômagos apresentam-se cheios para ambos os sexos. Com relação aos aspectos reprodutivos os IG e IGS variaram de 2,07 a 162,07 e 0,19 a 16,22 respectivamente. Verificou-se ainda que os indivíduos em maturação sexual ocorrem o ano todo, maturando a partir dos 22,8 cm do comprimento total, sexos agrupados, e que apresentam como época de maior intensidade reprodutiva o período que vai de dezembro a março, sendo provavelmente abril, o mês em que a espécie realiza a desova, considerando os valores de pluviosidade, os índices gonadais e gonadossomático.