Gregório de Matos do barroco à antropofagia /

A figura exponencial de Gregório de Matos e Guerra tem sido motivo de muitas discussões teóricas ao longo dos anos, desde o seu aparecimento em praça pública, no século XIX, e ainda mais, no século XX, quando foi resgatado pela vanguarda modernista. Resultado disso, ainda existem dois lados antagôni...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Lima, Samuel Anderson de Oliveira.
Formato: Digital
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Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/21973/3/Greg%c3%b3rio%20de%20Matos%20do%20barroco%20%c3%a0%20antropofagia%20%28livro%20digital%29.pdf
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Descrição
Resumo:A figura exponencial de Gregório de Matos e Guerra tem sido motivo de muitas discussões teóricas ao longo dos anos, desde o seu aparecimento em praça pública, no século XIX, e ainda mais, no século XX, quando foi resgatado pela vanguarda modernista. Resultado disso, ainda existem dois lados antagônicos quando se trata de Gregório de Matos: os que o defendem e os que o acusam. Os primeiros defendem a posição de que o poeta baiano foi a primeira voz literária no Brasil, alçada sob as bases do Barroco, e os outros o acusam de ser ele um mero imitador dos poetas espanhóis do século XVII, sem, portanto, ter contribuído significativamente para a formação da Literatura Brasileira. Este livro, que é fruto de uma tese de doutoramento sob o mesmo título, segue o pensamento daqueles que defendem o poeta como barroco-antropofágico, devorador de culturas, com participação ativa no processo de formação da nossa identidade cultural e literária. A fim de defender a hipótese de que Gregório de Matos foi nosso primeiro antropófago, este livro observa como seus poemas revelam as características intrínsecas do Barroco e da Antropofagia, com evidência na sua vertente carnavalizante, expondo ao mundo, satiricamente, os interstícios da vida humana. A poesia gregoriana, sob esse aspecto, contribuiu para a composição do cenário barroco-antropofágico em solo brasileiro, com sentido especial para o caráter transtemporal que lhe é dado, uma vez que não está só nos Seiscentos, nas amarras da historiografia, mas também está presente hoje na atualidade de seus temas, ancorada pela eterna dúvida do homem barroco.