Doença de Chagas : Caracterização de formas Clinicas e estratificação do risco de morte no oeste do Estado do Rio Grande do Norte /
O perfil clínico com classificação das formas clínicas e a gravidade da doença de Chagas foram avaliados em indivíduos sororreativos para o Trypanosoma cruzi procedentes da mesorregião Oeste Potiguar. Neste estudo transversal foram incluídos 186 indivíduos adultos, entre 23 a 78 anos de idade. Todos...
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oai:localhost:123456789-1571682022-10-06T15:53:59Z Doença de Chagas : Caracterização de formas Clinicas e estratificação do risco de morte no oeste do Estado do Rio Grande do Norte / Andrade, Cléber de Mesquita. Galvão, Lucia Maria da Cunha. Nis, Rosiane Viana Zuza de Pereira, Wogelsanger Oliveira. Doença de Chagas - Tese. Cardiomiopatia Chagásica - Tese. Acidente Vascular Encefálico Isquêmico - Tese. Megaesôfago - Tese. Megacólon - Tese Trypanosoma cruzi. Doença de Chagas. Cardiomiopatia Chagásica . Megaesôfago Megacólon Acidente Vascular encefálico isquêmico O perfil clínico com classificação das formas clínicas e a gravidade da doença de Chagas foram avaliados em indivíduos sororreativos para o Trypanosoma cruzi procedentes da mesorregião Oeste Potiguar. Neste estudo transversal foram incluídos 186 indivíduos adultos, entre 23 a 78 anos de idade. Todos os indivíduos foram submetidos à avaliação clínica, aplicado um questionário clínicoepidemiológico e realizados eletrocardiograma de repouso, ecocardiograma transtorácico, radiografia simples de tórax e contrastadas de esôfago e cólon. O Holter foi realizado em 98 pacientes e aplicado escores de risco de acidente vascular encefálico isquêmico e morte. A forma clínica indeterminada foi detectada em 51,6% (96/186) dos pacientes, a cardíaca em 32,2% (60/186), a digestiva em 8,1% (15/186) e a cardiodigestiva em 8,1% (15/186). Dos pacientes com a forma clínica digestiva, 7,0% (13/186) apresentaram diferentes grupos de megaesôfago (I a IV) e 12,9% (24/186) apresentaram megacólon de grau 1 a 3. Destes, 29,2% (7/24) com ambos os órgãos afetados. As alterações eletrocardiográficas foram observadas em 48,9% (91/186) dos pacientes e a arritmia ventricular complexa presente em 41,8% (41/98). Desses pacientes, 10,2% (19/186) apresentaram cardiomegalia, o aneurisma apical foi diagnosticado em 10,8% (20/186) e, as alterações da contratilidade miocárdica segmentar do ventrículo esquerdo em 33,9% (63/186). Em 7,5% (14/186) dos pacientes foi detectada insuficiência cardíaca com classes funcionais que variam de I a IV. A classificação da insuficiência cardíaca por estádios demonstrou que 36,4% (24/66), 30,3% (20/66), 15,2% (10/66), 13,6% (9/66) e 4,5% (3/66) dos pacientes apresentaram estágios A, B1, B2, C e D, respectivamente. O escore de estratificação de risco de acidente vascular encefálico isquêmico identificou 80,6% (150/186) dos pacientes em baixo risco, 15,6% (29/186) em moderado e 3,8% (7/186) em alto risco. O escore de risco de morte foi aplicado em 84 pacientes e 69,0% (58/84) mostraram baixo risco, 25,0% (21/84) intermediário e 6,0% (5/84) alto risco. Os resultados demonstraram a existência das principais formas clínicas da doença de Chagas em diferentes estágios de evolução, inclusive o registro da forma digestiva isolada; observou-se que um quarto dos pacientes com a forma indeterminada deveria ser considerado cardiopatas subclínicos ou pelo menos, pacientes de maior potencial evolutivo para outras formas clínicas ou fase pré- clínica, e confirmou-se a existência de correlação positiva entre o escore de risco de morte e seus principais determinantes, insuficiência cardíaca, morte súbita e acidente vascular encefálico isquêmico, oferecendo mais um elemento para a tomada de condutas frente ao chagásico cardiopata. 1 2022-10-06T15:53:59Z 2022-10-06T15:53:59Z 2015. Tese 616.937 (813.2) A553d TESE 234775 https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/20219/1/DoencaChagasCaracterizacao_Andrade_2015.pdf https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/20219/1/DoencaChagasCaracterizacao_Andrade_2015.pdf |
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O perfil clínico com classificação das formas clínicas e a gravidade da doença de Chagas foram avaliados em indivíduos sororreativos para o Trypanosoma cruzi procedentes da mesorregião Oeste Potiguar. Neste estudo transversal foram incluídos 186 indivíduos adultos, entre 23 a 78 anos de idade. Todos os indivíduos foram submetidos à avaliação clínica, aplicado um questionário clínicoepidemiológico e realizados eletrocardiograma de repouso, ecocardiograma transtorácico, radiografia simples de tórax e contrastadas de esôfago e cólon. O Holter foi realizado em 98 pacientes e aplicado escores de risco de acidente vascular encefálico isquêmico e morte. A forma clínica indeterminada foi detectada em 51,6% (96/186) dos pacientes, a cardíaca em 32,2% (60/186), a digestiva em 8,1% (15/186) e a cardiodigestiva em 8,1% (15/186). Dos pacientes com a forma clínica digestiva, 7,0% (13/186) apresentaram diferentes grupos de megaesôfago (I a IV) e 12,9% (24/186) apresentaram megacólon de grau 1 a 3. Destes, 29,2% (7/24) com ambos os órgãos afetados. As alterações eletrocardiográficas foram observadas em 48,9% (91/186) dos pacientes e a arritmia ventricular complexa presente em 41,8% (41/98). Desses pacientes, 10,2% (19/186) apresentaram cardiomegalia, o aneurisma apical foi diagnosticado em 10,8% (20/186) e, as alterações da contratilidade miocárdica segmentar do ventrículo esquerdo em 33,9% (63/186). Em 7,5% (14/186) dos pacientes foi detectada insuficiência cardíaca com classes funcionais que variam de I a IV. A classificação da insuficiência cardíaca por estádios demonstrou que 36,4% (24/66), 30,3% (20/66), 15,2% (10/66), 13,6% (9/66) e 4,5% (3/66) dos pacientes apresentaram estágios A, B1, B2, C e D, respectivamente. O escore de estratificação de risco de acidente vascular encefálico isquêmico identificou 80,6% (150/186) dos pacientes em baixo risco, 15,6% (29/186) em moderado e 3,8% (7/186) em alto risco. O escore de risco de morte foi aplicado em 84 pacientes e 69,0% (58/84) mostraram baixo risco, 25,0% (21/84) intermediário e 6,0% (5/84) alto risco. Os resultados demonstraram a existência das principais formas clínicas da doença de Chagas em diferentes estágios de evolução, inclusive o registro da forma digestiva isolada; observou-se que um quarto dos pacientes com a forma indeterminada deveria ser considerado cardiopatas subclínicos ou pelo menos, pacientes de maior potencial evolutivo para outras formas clínicas ou fase pré- clínica, e confirmou-se a existência de correlação positiva entre o escore de risco de morte e seus principais determinantes, insuficiência cardíaca, morte súbita e acidente vascular encefálico isquêmico, oferecendo mais um elemento para a tomada de condutas frente ao chagásico cardiopata. |
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