Movimento de educação e cultura popular no Brasil dos anos 1960: resistência desfeita/

Resumo: Neste trabalho defendemos a tese de que os movimentos de cultura e educação popular da década de 1960, no Brasil, traduziram-se em uma resistência ao pensamento hegemônico, vindo do Norte, o qual reduzia os sujeitos populares e seus saberes à condição de ignorantes e folclóricos . Nosso obj...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Spinelli, Pablo Cruz., Menezes, Antônio Basílio Novaes Thomaz de, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Tese
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Endereço do item:http://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/21153
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Descrição
Resumo:Resumo: Neste trabalho defendemos a tese de que os movimentos de cultura e educação popular da década de 1960, no Brasil, traduziram-se em uma resistência ao pensamento hegemônico, vindo do Norte, o qual reduzia os sujeitos populares e seus saberes à condição de ignorantes e folclóricos . Nosso objeto de estudo se encontra nos ecos e ressonâncias produzidos por esses movimentos na história do país. Utilizamos como fundamento teórico-reflexivo o pensamento de de Boaventura de Souza Santos e suas teses acerca da construção de racionalidades voltadas para a luta contra a razão indolente e da desconstrução da inferioridade no plano do colonizado. Mas a análise também privilegia abordagens de outros autores à medida em que trata da ação dos atores sociais e dos movimentos de cultura e educação popular que marcaram sua presença no espaço público, cujas visões e interesses foram inventados e reinventados constantemente no jogo relacional. Do ponto de vista empírico, a pesquisa faz uso de bibliografias e fontes documentais escritas, tais como artigos de jornais, discursos, depoimentos, manifestos e documentos semelhantes a estes. Tem como objetivo buscar no passado a compreensão daqueles Movimentos, no esforço de possibilitar a visualização de certos resquícios do passado que tenham relevância como experiência de riqueza social e acadêmica. A partir do popular e do local, os movimentos de cultura e educação popular da década de 1960, superaram as barreiras da invisibilidade e se alçaram ao plano da história global, ao começarem a se tornar protagonistas de sua própria história, até que seus sonhos fossem soterrados pela tragédia de 1964.#$&Abstract: In this work we defend the thesis that the movements of culture and popular education in the 1960s in Brazil, manifested itself into resistance to hegemonic thought, coming from the North, which reduced the popular individuals and their knowledge to the ignorant condition. The focus of our study lies on the resistance produced by these movements in the history of the Country. We used as theoretical reflective foundation the thinking of Boaventura de Sousa Santos and his thesis about the construction of rationalities focused in the fight against indolent reason and the deconstruction of the inferiority in the colonized plan. But the analysis also favors approaches of other authors in the proportion that deals with the action of social actors of culture and popular education movements that have marked their presence in the public space, whose views and interests were invented and reinvented constantly in the relacional game. From the point of empirical view, the research makes use of bibliographies and written documentary sources such as newspaper articles, speeches, statements, manifests and documents like these. The research intends to seek in the past the understanding of those Movements in an effort to enable the viewing of certain remnants of the past that have relevance as social and academic wealth of experience. From the popular and the local, movements of culture and popular education in the 1960s, they overcame the barriers of invisibility and raised Itself to the plan of the global history, when they began to become protagonists of their own history, until their dreams were buried by the 1964 tragedy.