Estafilococcias, colonização nasal por Staphylococcus ssp. e os fatores associados em pacientes hospitalizados em Caicó-RN /

As infecções por Staphylococcus têm sido cada vez mais evidentes nas últimas décadas, sendo este relevante em infecções humanas, principalmente em âmbito hospitalar. Os Staphylococcus, especialmente S. aureus e S. aureus resistente à meticilina (MRSA), destacam-se como colonizadores de feridas infec...

ver descrição completa

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: Almeida, Gilmara Celi Maia de., Lima, Kenio Costa de., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Tese
Publicado em:
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/22755/1/EstafilococciasColonizacaoNasal_Almeida_2014.pdf
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
Descrição
Resumo:As infecções por Staphylococcus têm sido cada vez mais evidentes nas últimas décadas, sendo este relevante em infecções humanas, principalmente em âmbito hospitalar. Os Staphylococcus, especialmente S. aureus e S. aureus resistente à meticilina (MRSA), destacam-se como colonizadores de feridas infectadas, as quais são fontes potenciais de contaminação cruzada em ambiente hospitalar. Assim, objetivou-se conhecer a prevalência de Staphylococcus spp. isolados de feridas em pacientes internados, verificar associação de fatores sociodemográficos, relativos à lesão e a internação com a presença de S. aureus e caracterizar os pacientes com presença de MRSA em ferida infectada e com colonização na mucosa nasal. Também foi objetivo da pesquisa identificar, a partir de prontuários médicos, a prevalência de estafilococcias e estreptococcias, verificando associação de fatores clínicos e relativos à internação com o tipo de infecção. A pesquisa foi dividida em duas etapas. Primeiramente, foram investigados os prontuários médicos dos pacientes internados no Hospital Regional do Seridó com estafilococcias ou estreptococcias entre 2008 e 2010 (n= 315), obtendo-se a prevalência das referidas infecções e a identificação de fatores como idade, sexo, sinais locais e sistêmicos, presença de comorbidades, local da infecção, realização de exames, tempo de internação e uso de antibióticos. Em um segundo momento da pesquisa, foram coletadas amostras em pacientes que apresentavam feridas e estavam internados na clínica médica, clínica cirúrgica ou Unidade de Terapia Intensiva do referido hospital. A coleta de amostras de ferida e da mucosa nasal foi realizada com swab estéril embebido em solução salina a 0,85%. No laboratório, o material foi semeado em ágar manitol salgado e incubado em estufa bacteriológica (37ºC-48 horas). As colônias com fermentação do manitol foram submetidas à coloração de Gram, teste da catalase e coagulase. Posteriormente, foram realizados antibiogramas para identificação de MRSA e, em seguida, realização de reação de polimerase em cadeia (PCR) para amplificação do gene mecA e confirmação das cepas de MRSA. Foi realizado teste do Qui-quadrado para verificar associação de variáveis independentes (idade, sexo, condições socioeconômicas, características da ferida, presença de doenças sistêmicas e fatores relativos à internação) com a presença de Staphylococcus em feridas. Mann Whitney e teste t de Student foram utilizados para verificar se havia diferença significativa entre as variáveis independentes e a colonização nasal por Staphylococcus spp. e entre as variáveis independentes e o tipo de infecção (estafilococcia e estreptococcia). Com base nos prontuários médicos, a classificação do tipo de infecção foi realizada em quase totalidade por critérios exclusivamente clínicos. Houve diferença significativa entre os grupos tratamento de estreptococcias e estafilococcias em relação a quantidade de antibióticos administrados (p=0,001) e número de dias internados (p<0,001), sendo maior no grupo com tratamento de estafilococcias. As feridas (n=125) foram de pacientes com idade média de 63.9 anos e 3.84 anos de estudo. A prevalência de Staphylococcus spp. em feridas foi 64.8% (n=81) e S. aureus 20% (n=25). Entre S. aureus, 32% (n=8) foram MRSA. A presença de S. aureus nasal (p<0,001), menos dias de antibiótico prévio à coleta (p=0,04) e hospitalização na clínica médica foram fatores associados à presença de S. aureus na ferida. MRSA foram isolados de indivíduos com uso prévio de antibióticos (37,5%), pacientes com 2 ou mais comorbidades (75%) e metade dos indivíduos com MRSA faleceram. Na análise de colonização nasal de parte dos pacientes da pesquisa (n=71), verificou-se que 44,4% apresentavam MRSA na narina, e aqueles com MRSA estavam significativamente associados ao tratamento prolongado com antibióticos (p=0,002). Diante dos resultados, verifica-se que as feridas são fontes de infecção por Staphylococcus, com expressiva frequência de S. aureus e MRSA. A mucosa nasal é um importante sítio para contaminação cruzada, com destaque para linhagens resistentes, principalmente quando há uso prolongado de antibióticos. Além disso, o diagnóstico de estafilococcias ocorre prioritariamente por critérios clínicos, o que pode contribuir para aumento da resistência dos microrganismos quando realizados tratamentos empíricos inadequados. Assim, há necessidade de cuidados voltados ao tratamento de feridas e cautela no uso de antibióticos em pacientes internados, para evitar disseminação de bactérias resistentes em ambiente hospitalar.#$&Staphylococcus infections have been increasingly evident in recent decades, this being relevant in human infections, especially in hospitals. Staphylococcus, especially S. aureus and methicillin-resistant S. aureus (MRSA), stand out as colonizers of infected wounds, which are potential sources of cross- contamination in hospitals. Thus, the objective was to determine the prevalence of Staphylococcus spp. isolated from wounds in hospitalized patients, assess the association of sociodemographic factors relating to injury and hospitalization with the presence of S. aureus and characterize the presence of patients with MRSA wound infection and colonization in the nasal mucosa. Objective of the research was also identified from medical records, the prevalence of streptococcal diseases and estafilococcal diseases checking association of clinical factors and hospitalization related to the type of infection. The study was divided into two stages. First, the medical records of patients admitted with estafilococcal or streptococcal infections between 2008 and 2010 (n=315) were investigated, resulting in the prevalence of these infections and the identification of factors such as age, sex, local and systemic signs, comorbidities, site of infection, exams, length of stay and antibiotic use. In a second stage of the research, samples were collected from patients who had wounds and were hospitalized in medical clinical, surgical clinical or intensive care unit of the hospital. The collection of samples from wound and nasal mucosa was performed with sterile swab soaked in saline to 0.85%. In the laboratory, the samples were spread on agar salt mannitol and incubated in a bacteriological incubator (37 0 C-48 hours). Colonies with mannitol fermentation were subjected to Gram stain, catalase and coagulase. Subsequently, antibiograms to identify MRSA and then conducting polymerase chain reaction (PCR) for amplification of the mecA gene and confirmation of MRSA were performed. Chi-square test to assess the association of independent variables (age, sex, socioeconomic status, wound characteristics, presence of systemic diseases and factors related to hospitalization) with the presence of Staphylococcus wound was performed. Mann Whitney and Student t test were used to check for significant differences between the independent variables and nasal colonization by Staphylococcus spp. and between the independent variables and the type of infection (estafilococcal and streptococcal). Based on medical records, the classification of the type of infection was performed in almost all exclusively by clinical criteria. There was a significant difference between the treatment groups of estafilococcal and streptococcal infections compared the amount of administered antibiotics (p = 0.001) and number of days hospitalized (p <0.001), being higher in the treatment group of estafilococcal diseases. The wounds (n = 125) were from patients with a mean age of 63.9 years and 3.84 years of study. The prevalence of Staphylococcus spp. in wounds was 64.8% (n = 81) and S. aureus 20% (n = 25). Among S. aureus, 32% (n = 8) were MRSA. The presence of S. aureus nasal (p <0.001), fewer days of antibiotics prior to collection (p=0.04) and hospitalization at the clinic were associated with the presence of S. aureus in the wound factors. MRSA were isolated from individuals with previous antibiotic use (37.5%), patients with 2 or more comorbidities (75%) and half of individuals with MRSA died. In the analysis of nasal colonization of the patients in the study (n=71), it was found that 44.4% had MRSA nostril, and those with MRSA were significantly associated with prolonged antibiotic therapy (p=0.002). Given the results, it appears that the wounds are sources of Staphylococcus infection, with a significant frequency of S. aureaus an MRSA. The nasal mucosa is an important means of cross-contamination, espelially resistant strains, particularly when there is prolonged use of antbiotics. In addition, diagnosis is performed mainly by clinical criteria, which may contribute tothe increased resistance of mocroorganisms when applied empirical inadequate treatment. Thus, there is need for care aimed at treating wounds and caution in the use of antibiotics in hospitalized patients, to prevent the spread of resistant bacteria in hospitals. #$&Las Infecciones del estafilococo han sido cada vez más evidentes en las ültimas décadas, siendo relevante en las infecciones humanas, especialmente en los hospitales. Staphylococcus, especialmente S. aureus y S. aureus resistente a la meticilina (MRSA), se destacan como colonizadores de heridas infectadas, que son fuentes potenciales de contaminaciOn cruzada en los hospitales. Por lo tanto, el objetivo fue determinar la prevalencia de Staphylococcus spp. aislado de heridas en pacientes hospitalizados, evaluar la asociaciOn de factores sociodemográficos retativos a la lesiOn y la hospitalizaciOn con la presencia de S. aureus y caracterizar los pacientes con la presencia de MRSA en la hërida con infecciOn y con colonización en la mucosa nasal. La investigaciOn también tuvo como el objetivo identificar en los registros medicos, la prevalencia de los estreptocOcicas y de las estafilocOcicas además de la asociación de factores clinicos y relacionados a la hospitalización con el tipo de infecciôn. El estudio se dividiO en dos etapas. En primer lugar, fueron investigados las historias clInicas de los pacientes ingresados con estafilococcias o infecciones estreptocócicas, entre 2008 y 2010 (n = 315), lo que resultó en la prevalencia de estas infecciones y en la identificación de factores como la edad, el sexo, los signos locales y sistémicos, las comorbilidades , el sitio de la infección, los exámenes, la duración de la estancia y el uso de antibióticos. En una segunda etapa de la investigación, [as muestras se obtuvieron de los pacientes que tenlan heridas y fueron hospitalizadas en la cilnica médica, en la cllnica quirUrgica o en la unidad de cuidados intensivos del hospital. La colección de muestras de la herida y mucosa nasal se rea!izó con hisopo estéril empapada en soluciOn salina al 0,85%. En el laboratorio, las muestras se extendieron sobre agar manitol salado y se incubaron en una incubadora bacterio!ógica (37 ° C-48 horas). Las colonias con la fermentaciOn de manitol fueron sometidos a la tinciOn de Gram, prueba de la catalasa y de la coagulasa. Posteriormente, fueron realizados antibiogramas para la identificación del MRSA y luego se realizO la reacciOn en cadena de la potimerasa (PCR) para la amplificaciOn del gen mecA y la confirmaciOn de MRSA. Se realizO la prueba del Chi-cuadrado para evaluar la asociaciOn de las variables independientes (edad, sexo, nivel socioeconOmico, las caracterIsticas de la herida, presencia de enfermedades y factores sistémicos relacionados con la hospitalizaciOn) con la presencia de Staphylococcus en herida. Las pruebas Mann Whitney y t de Student fueron utilizadas para comprobar si hubo diferencia significativa entre las variables independientes y la colonización nasal por Staphylococcus spp. y entre las variables independientes y el tipo de infecciOn (estafilococcia y estreptococcia). Basados en los registros medicos, la clasificaciOn del tipo de infecciOn se Ilevô a cabo en casi todos exclusivamente por criterios cilnicos. Hubo una diferencia significativa entre los grupos de tratamiento de las infecciones estafilocOcicas y de las estreptocôcicas relacionados a la cantidad de antibiôticos administrados (p=0,001) y el nümero de dIas de hospitalizacion (p <0,001), siendo mayor en el grupo de tratamiento de las infecciones estafilococcias. Las heridas (n = 125) fueron de personas con una edad media de 63,9 años y 3,84 años de estudio. La prevalencia del Staphylococcus spp. en heridas fue 64,8% (n = 81) y del S. aureus 20% (n = 25). Entre los S. aureus, 32% (n = 8) fueron MRSA. La presencia del S. aureus nasal (p <0,001), menos dias de antibiôticos antes de la recogida (p = 0,04) y la hospitalizaciOn en la clInica se asoció con la presencia del S. aurcus en los factores de la herida. MRSA se aislaron de las personas con el uso de antibióticos previo (37,5%), los pacientes con 2 o más comorbilidades (75%) y la mitad de las personas con MRSA murieron. En el análisis de la colonización nasal de los pacientes en el estudio (n = 71), se encontrO que el 44,4% tenIan MRSA en fosa nasal, y aquellos con MRSA se asoció significativamente con el tratamiento antibiOtico prolongado (p=0,002). Dados los resultados, parece que las heridas son fuentes de infecciôn por Staphylococcus, con una frecuencia significativa de S. aureus y MRSA. La mucosa nasal es un medio importante de la contaminaciOn cruzada, especialmente las cepas resistentes, sobre todo cuando hay un uso prolongado de antibiOticos. Además, el diagnôstico se realiza principalmente por criterios clInicos, lo que puede contribuir para el aumento de la resistencia de los microorganismos cuando se aplica tratamientos inadecuados empIricos. Por lo tanto, existe la necesidad de cuidado dirigido para tratar las heridas y la precauciôn en el uso de antibiOticos en los pacientes hospitalizados, para prevenir la propagaciOn de bacterias resistentes en los hospitales.