Somos todos canibais : Antropofagia, corpo e educação sensível /

Esta tese apresenta a antropofagia como uma noção teórico-experiencial, uma atitude do corpo que reabilita o sensível e desperta o mundo percebido. A argumentação ressalta a dimensão sensível do corpo e do conhecimento, considerando sua sensibilidade e motricidade, corpo que não se separa da naturez...

ver descrição completa

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: Souci, Analwik Tatielle Pereira de Lima., Nóbrega,Terezinha Petrucia de., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Tese
Publicado em:
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/14483/1/AnalwikTPLS_TESE.pdf
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
id oai:localhost:123456789-145106
record_format dspace
institution Acervo SISBI
collection SIGAA
topic Antropofagia.
Tese.
Corpo.
Tese.
Cultura.
Tese.
Educação sensível -
Tese.
Anthropophagy.
Body.
Culture.
spellingShingle Antropofagia.
Tese.
Corpo.
Tese.
Cultura.
Tese.
Educação sensível -
Tese.
Anthropophagy.
Body.
Culture.
Souci, Analwik Tatielle Pereira de Lima.
Nóbrega,Terezinha Petrucia de.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Somos todos canibais : Antropofagia, corpo e educação sensível /
description Esta tese apresenta a antropofagia como uma noção teórico-experiencial, uma atitude do corpo que reabilita o sensível e desperta o mundo percebido. A argumentação ressalta a dimensão sensível do corpo e do conhecimento, considerando sua sensibilidade e motricidade, corpo que não se separa da natureza e da história, atuando no mundo como presença viva, originária, em movimento, supondo um sujeito que, ao mesmo tempo em que constrói seus próprios sentidos, é dependente da experiência do outro no mundo, criando e recriando a cultura, ampliando o processo de conhecer, sentir, pensar, agir, ser, transformar-se. Essa atitude anuncia um conhecimento sensível e um corpo que é capaz de sensação, mas também de expressão, de comunicação, de criação, aspectos indispensáveis para se pensar a educação como um espaço sensível, de aprendizagem e ressignificação da cultura, que possibilita a convivência com o corpo, com o tempo, com o espaço; que ensina a reaprender a ver o mundo, que considera a reversibilidade dos sentidos e a estesia como campo da experiência sensível e da imputação de sentidos; que convoca a beleza de múltiplas leituras do vivido e que alarga a compreensão de si e do outro. Como objetivo, buscamos compreender a antropofagia como atitude do corpo e do conhecimento sensível, que aprofunda a relação do ser no mundo, a relação com o outro e permite a criação de sentidos culturais, estéticos e existenciais para a educação. Apresentamos a atitude fenomenológica de Maurice Merleau-Ponty como referência teórico-metodológica de nossa pesquisa. Trata-se de uma atitude de pensamento que coloca o conhecimento como centro de nossas experiências vividas no mundo, uma atitude que não propõe um sentido definitivo das coisas e das pessoas e que contribuiu na compreensão sobre a antropofagia, o corpo, o sensível, o mundo e o outro, apontando desdobramentos dessa reflexão para a educação. Ao criar horizontes de sentido e estratégias de percepção sobre a antropofagia, consideramos como escolhas a nossa experiência vivida; incluindo a experiência da viagem; uma oficina de extensão realizada com alunos do curso de Tecnologia em Produção Cultural do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte IFRN Campus Cidade Alta; a antropofagia como elemento da Arte Moderna brasileira; as criações e os relatos dos alunos; imagens; filmes e livros pesquisados; além do diálogo com pensadores como Lévi-Strauss, Montaigne e Oswald de Andrade, que constituem nossas principais referências conceituais e que permitiram transversalizar saberes e promover um diálogo entre áreas de conhecimentos variadas como a Antropologia, a Filosofia, a Arte e a Educação. Essas estratégias constituíram-se como o resultado parcial e inacabado de um processo de conhecimento de si e do outro, que permitiu reviver memórias, ressaltar cores, sentidos, sabores, descobertas sensíveis e impulsionadoras sobre o conhecimento, sobre a arte, descobertas sobre si mesmo, sobre o outro, sobre o mundo, sobre a vida, indicando que a educação pode ser um processo mais sensível, em que o corpo é presença indispensável, assim como o tocar, o criar, os delírios, os afetos, os encontros e a invenção. #$&This paper presents anthropophagy as a theoretic-experimental knowledge, a body attitude which re-rehabilitates the sensible and wakes the perceived world. Argumentation stands out the sensible dimension of the body and knowledge, considering its sensibility and skills, body that does not distinguish nature from history, actuating in the world as a live presence, original, in movement, supposing a subject which, as long as he constructs his own senses, is dependent of the experience of the other in the world, creating and recreating culture, enlarging the process of knowing, sensing, thinking, acting, being, changing. This attitude announces a sensible knowledge and a body which is able of sensing, as well as of expression, communication, creation, indispensable aspects to think education as a sensible space, a space of apprenticeship and re-signification of culture, which turns possible living together with one s own body, with time, space; which teaches how to learn again to see the world, which considers the reversibility of the senses and the aesthesia as a field of sensible experiences and imputation of the senses; which calls on the beauty of multiple readings of the living and the enlarges the comprehension of one s self and of the other. Our target is to understand anthropophagy as an attitude of the body and of the sensible knowledge which deepen the relation between the self in the world, with the other, and permits the creation of cultural, esthetic and existential senses for education. We present Maurice Merleau-Ponty s phenomenological attitude as the theoretic-methodological reference to our research. It is a thinking attitude which places knowledge as the center of our living experiences of the world, an attitude which does not propose a definitive meaning to things and persons, and which concurs to the comprehension of anthropophagy, of the body, the sensible, the world and the other, pointing developments to these ideas about education. In creating horizons of sense and strategies of perception about anthropophagy, we consider like choice our living experience, including travels, an extension workshop with Rio Grande do Norte s Federal Institute of Education, Science and Technology-IFRN pupils from Technology in Cultural Production Course, Cidade Alta Campus; anthropophagy as element of Brazilian modern art; pupils creations and reports; images; researched films and books; dialogues with thinkers as Lévi-Strauss, Montaigne and Oswald de Andrade, which constitute our main conceptual references and let us overpass knowledge and establish an exchange among varied areas of knowledge, as anthropology, philosophy, art and education. These strategies work out a partial and unfinished result of a process of knowledge of one s self and the other which permits revive memories; stand out colors, senses, tastes, sensible and encouraging discoveries of knowledge, of art; discoveries of one s self and the other, of the world, of life, indicating that education can be a highly sensible process in which the body is an indispensable presence, by touching and creating, as well as ecstasies, affections, encounters and invention.
format Tese
author Souci, Analwik Tatielle Pereira de Lima.
Nóbrega,Terezinha Petrucia de.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
author_facet Souci, Analwik Tatielle Pereira de Lima.
Nóbrega,Terezinha Petrucia de.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
author_sort Souci, Analwik Tatielle Pereira de Lima.
title Somos todos canibais : Antropofagia, corpo e educação sensível /
title_short Somos todos canibais : Antropofagia, corpo e educação sensível /
title_full Somos todos canibais : Antropofagia, corpo e educação sensível /
title_fullStr Somos todos canibais : Antropofagia, corpo e educação sensível /
title_full_unstemmed Somos todos canibais : Antropofagia, corpo e educação sensível /
title_sort somos todos canibais : antropofagia, corpo e educação sensível /
publishDate 2022
url https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/14483/1/AnalwikTPLS_TESE.pdf
work_keys_str_mv AT soucianalwiktatiellepereiradelima somostodoscanibaisantropofagiacorpoeeducacaosensivel
AT nobregaterezinhapetruciade somostodoscanibaisantropofagiacorpoeeducacaosensivel
AT universidadefederaldoriograndedonorte somostodoscanibaisantropofagiacorpoeeducacaosensivel
_version_ 1766805892684054528
spelling oai:localhost:123456789-1451062022-12-01T09:41:58Z Somos todos canibais : Antropofagia, corpo e educação sensível / Souci, Analwik Tatielle Pereira de Lima. Nóbrega,Terezinha Petrucia de. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Antropofagia. Tese. Corpo. Tese. Cultura. Tese. Educação sensível - Tese. Anthropophagy. Body. Culture. Esta tese apresenta a antropofagia como uma noção teórico-experiencial, uma atitude do corpo que reabilita o sensível e desperta o mundo percebido. A argumentação ressalta a dimensão sensível do corpo e do conhecimento, considerando sua sensibilidade e motricidade, corpo que não se separa da natureza e da história, atuando no mundo como presença viva, originária, em movimento, supondo um sujeito que, ao mesmo tempo em que constrói seus próprios sentidos, é dependente da experiência do outro no mundo, criando e recriando a cultura, ampliando o processo de conhecer, sentir, pensar, agir, ser, transformar-se. Essa atitude anuncia um conhecimento sensível e um corpo que é capaz de sensação, mas também de expressão, de comunicação, de criação, aspectos indispensáveis para se pensar a educação como um espaço sensível, de aprendizagem e ressignificação da cultura, que possibilita a convivência com o corpo, com o tempo, com o espaço; que ensina a reaprender a ver o mundo, que considera a reversibilidade dos sentidos e a estesia como campo da experiência sensível e da imputação de sentidos; que convoca a beleza de múltiplas leituras do vivido e que alarga a compreensão de si e do outro. Como objetivo, buscamos compreender a antropofagia como atitude do corpo e do conhecimento sensível, que aprofunda a relação do ser no mundo, a relação com o outro e permite a criação de sentidos culturais, estéticos e existenciais para a educação. Apresentamos a atitude fenomenológica de Maurice Merleau-Ponty como referência teórico-metodológica de nossa pesquisa. Trata-se de uma atitude de pensamento que coloca o conhecimento como centro de nossas experiências vividas no mundo, uma atitude que não propõe um sentido definitivo das coisas e das pessoas e que contribuiu na compreensão sobre a antropofagia, o corpo, o sensível, o mundo e o outro, apontando desdobramentos dessa reflexão para a educação. Ao criar horizontes de sentido e estratégias de percepção sobre a antropofagia, consideramos como escolhas a nossa experiência vivida; incluindo a experiência da viagem; uma oficina de extensão realizada com alunos do curso de Tecnologia em Produção Cultural do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte IFRN Campus Cidade Alta; a antropofagia como elemento da Arte Moderna brasileira; as criações e os relatos dos alunos; imagens; filmes e livros pesquisados; além do diálogo com pensadores como Lévi-Strauss, Montaigne e Oswald de Andrade, que constituem nossas principais referências conceituais e que permitiram transversalizar saberes e promover um diálogo entre áreas de conhecimentos variadas como a Antropologia, a Filosofia, a Arte e a Educação. Essas estratégias constituíram-se como o resultado parcial e inacabado de um processo de conhecimento de si e do outro, que permitiu reviver memórias, ressaltar cores, sentidos, sabores, descobertas sensíveis e impulsionadoras sobre o conhecimento, sobre a arte, descobertas sobre si mesmo, sobre o outro, sobre o mundo, sobre a vida, indicando que a educação pode ser um processo mais sensível, em que o corpo é presença indispensável, assim como o tocar, o criar, os delírios, os afetos, os encontros e a invenção. #$&This paper presents anthropophagy as a theoretic-experimental knowledge, a body attitude which re-rehabilitates the sensible and wakes the perceived world. Argumentation stands out the sensible dimension of the body and knowledge, considering its sensibility and skills, body that does not distinguish nature from history, actuating in the world as a live presence, original, in movement, supposing a subject which, as long as he constructs his own senses, is dependent of the experience of the other in the world, creating and recreating culture, enlarging the process of knowing, sensing, thinking, acting, being, changing. This attitude announces a sensible knowledge and a body which is able of sensing, as well as of expression, communication, creation, indispensable aspects to think education as a sensible space, a space of apprenticeship and re-signification of culture, which turns possible living together with one s own body, with time, space; which teaches how to learn again to see the world, which considers the reversibility of the senses and the aesthesia as a field of sensible experiences and imputation of the senses; which calls on the beauty of multiple readings of the living and the enlarges the comprehension of one s self and of the other. Our target is to understand anthropophagy as an attitude of the body and of the sensible knowledge which deepen the relation between the self in the world, with the other, and permits the creation of cultural, esthetic and existential senses for education. We present Maurice Merleau-Ponty s phenomenological attitude as the theoretic-methodological reference to our research. It is a thinking attitude which places knowledge as the center of our living experiences of the world, an attitude which does not propose a definitive meaning to things and persons, and which concurs to the comprehension of anthropophagy, of the body, the sensible, the world and the other, pointing developments to these ideas about education. In creating horizons of sense and strategies of perception about anthropophagy, we consider like choice our living experience, including travels, an extension workshop with Rio Grande do Norte s Federal Institute of Education, Science and Technology-IFRN pupils from Technology in Cultural Production Course, Cidade Alta Campus; anthropophagy as element of Brazilian modern art; pupils creations and reports; images; researched films and books; dialogues with thinkers as Lévi-Strauss, Montaigne and Oswald de Andrade, which constitute our main conceptual references and let us overpass knowledge and establish an exchange among varied areas of knowledge, as anthropology, philosophy, art and education. These strategies work out a partial and unfinished result of a process of knowledge of one s self and the other which permits revive memories; stand out colors, senses, tastes, sensible and encouraging discoveries of knowledge, of art; discoveries of one s self and the other, of the world, of life, indicating that education can be a highly sensible process in which the body is an indispensable presence, by touching and creating, as well as ecstasies, affections, encounters and invention. 1 2022-10-06T12:21:07Z 2022-10-06T12:21:07Z 2013. Tese 392.89:37 S719s TESE 218653 https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/14483/1/AnalwikTPLS_TESE.pdf https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/14483/1/AnalwikTPLS_TESE.pdf