Avaliação in situ de macrófagos e linfócitos T em úlceras venosas tratadas com glucana/

Resumo: As úlceras venosas são lesões cutâneas que surgem no membro inferior como consequência da insuficiência venosa. Mesmo com o arsenal terapêutico disponível, o tratamento dessas feridas é um desafio. A β-(1→3) glucana tem demonstrado acelerar a cicatrização de feridas median...

ver descrição completa

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: Medeiros, Sarah Dantas Viana., Sales, Valéria Soraya de Farias., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Tese
Publicado em:
Assuntos:
Endereço do item:https://app.bczm.ufrn.br/home/#/item/212820
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
Descrição
Resumo:Resumo: As úlceras venosas são lesões cutâneas que surgem no membro inferior como consequência da insuficiência venosa. Mesmo com o arsenal terapêutico disponível, o tratamento dessas feridas é um desafio. A β-(1→3) glucana tem demonstrado acelerar a cicatrização de feridas mediante ativação de células da resposta imunológica. O presente trabalho teve por objetivo identificar por imunohistoquímica células da resposta imunológica (macrófagos e linfócitos T) envolvidas no processo de cicatrização de úlceras venosas tratadas com a β-(1→3) glucana obtida do Saccharomyces cerevisiae. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (N° 344/09). Antes do início da terapia e no trigésimo dia de tratamento foram efetuadas biópsias das úlceras para avaliação da população celular mediante anticorpos anti-CD68+, anti-CD3+, anti-CD4+ e anti-CD8+. O estudo contemplou 12 pacientes, sendo 9 (75%) do sexo feminino e 3 (25%) do sexo masculino. A idade dos mesmos estava compreendida entre 42 e 75 anos (mediana: 61 anos). Foram acompanhadas 13 úlceras, uma vez que um paciente possuía 2 úlceras. A duração das úlceras foi de 8 meses a 264 meses (mediana: 142,9 meses) e a maioria (61,5%) eram recidivantes. Biópsias realizadas no 30º dia de tratamento mostraram que os linfócitos T (células CD3+) permaneceram em maior número. Uma diminuição do número de macrófagos foi observada (mediana: 32,00 células/mm²; mínimo: 6,86 e máximo: 64,00 células/mm²) em todos os 13 espécimes (p=0,001) Em geral, o número de linfócitos T aumentou (mediana: 358,86 células/mm²; mínimo: 128,00 e máximo: 985,00 células/mm²; p=0,600). O predomínio de linfócitos TCD3+CD4+ foi mantido (mediana: 205,71 células/mm²; mínimo: 80,00 e máximo: 562,29 células/mm²; p=0,552) em relação aos linfócitos TCD3+CD8+ (mediana: 118,86 células/mm²; mínimo: 16,00 e máximo: 466,29 células/mm²; p=0,624). Inicialmente, as úlceras possuíam uma área compreendida entre 8,38 cm² e 66.89 cm². Após 30 dias de tratamento, as úlceras passaram a apresentar áreas entre 4,84 cm² e 58,02 cm² (p=0,311). Pelo exposto, a glucana foi capaz de promover a cicatrização das úlceras tratadas.