Risco de doença cardiovascular em mulheres com história de distúrbio hipertensivo da gravidez /

OBJETIVO: A pré-eclâmpsia é uma doença que pode evoluir com alta morbimortalidde materno-fetal. No mundo, a incidência dessa doença é bastante variável e são poucos os dados sobre esse distúrbio na população brasileira. Este trabalho objetivou determinar a incidência e os fatores de risco envolvidos...

ver descrição completa

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: Dantas, Edailna Maria de Melo., Araújo, Ana Cristina Pinheiro de., Jerônimo, Selma Maria Bezerra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Tese
Publicado em:
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/13286/1/RiscoDoencaCardiovascular_Dantas_2013.pdf
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
Descrição
Resumo:OBJETIVO: A pré-eclâmpsia é uma doença que pode evoluir com alta morbimortalidde materno-fetal. No mundo, a incidência dessa doença é bastante variável e são poucos os dados sobre esse distúrbio na população brasileira. Este trabalho objetivou determinar a incidência e os fatores de risco envolvidos nos distúrbios hipertensivos durante a gravidez, avaliando-se a população de gestantes em um bairro de Natal. Além de observar a evolução da gravidez, avaliou-se o dano cardiovascular, um ano e cinco anos, após a realização do parto. MÉTODOS: Estudo prospectivo, tipo coorte, para avaliar as intercorrências da gestação de 242 mulheres que engravidaram entre 2004-2007 no bairro do Bom Pastor, em Natal RN, Brasil. Um ano após o parto avaliou-se 39 mulheres e decorridos cinco (5) anos do parto, foi realizada uma busca ativa dessas mulheres, que engravidaram e apresentaram o distúrbio hipertensivo da gravidez e ou pré-eclâmpsia, perfazendo 16,11% do grupo inicial do estudo. Foi aplicado um questionário estruturado para obtenção de informações básicas sobre a situação clínica atual das pacientes e ocorrência de gestação posterior, avaliação do índice de massa corpórea (IMC) e presença de intercorrências e distúrbio hipertensivo após a gravidez. Foram levantadas informações sobre uso de medicamentos hipotensores e métodos contraceptivos. Foram verificados e registrados: a) peso atual; b) pressão arterial e c) índice de massa corpórea IMC, e coletadas amostras biológicas (sangue e urina) para mensuração de parâmetros bioquímicos e avaliação da microalbuminúria. Para a avaliação da presença de hipertensão foi feita a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), que utiliza o método de medição automática da frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e diastólica, além da média das duas durante o período de 24 horas. RESULTADOS: De 218 mulheres que completaram o estudo a incidência dos distúrbios hipertensivos foi de 16,9% (37 de 218), enquanto a incidência de pré-eclâmpsia foi de 13,8% (30 de 218). Mulheres com pré-eclâmpsia tiveram um IMC (índice de massa corpórea) médio de 25,3 (± 4,8) enquanto que nas mulheres normotensas esse índice foi de 23,5 (± 3,7), p=0,02. O risco de pré-eclâmpsia aumenta com a idade (OR 1.084 e p=0,0034) e com histórico familiar de hipertensão (OR 2.6 p=0,01). O seguimento, um ano após o parto, revelou que 50% das mulheres com distúrbios hipertensivos na gravidez se mantêm hipertensas. IMC elevado também foi observado após cinco (5) anos do parto. CONCLUSÕES: IMC elevado, idade acima de 35 anos e excessivo ganho de peso durante a gravidez foram associados com hipertensão em longo prazo, em pacientes com pré-eclâmpsia prévia. História de pré-eclâmpsia aumenta o risco de hipertensão crônica a longo prazo.#$&OBJECTIVE: Preeclampsia is a disease that can lead to a high maternal and infant morbidity. Worldwide, the incidence of this disease is highly variable and there is no data on this disorder in the Brazilian population. This study aimed at determining incidence and risk factors in the hypertensive disorders during pregnancy in a neighborhood of Natal, in addition to observing the evolution of these disorders one year and five years after delivery. METHODS: Prospective cohort study to assess the outcome of pregnancies of 242 women who became pregnant between 2004-2007 in the neighborhood of Bom Pastor in the city of Natal, state of RN, Brazil. Five years after delivery, there was an active search of thirty-nine (39) women who became pregnant and had a hypertensive disorder during pregnancy and/or pré-eclâmpsia, out of the total of 242 participants in the initial study. We administered a structured questionnaire to obtain basic information about the current clinical situation of patients and occurrences of subsequent pregnancy and presence of hypertensive disorders during pregnancy. We also searched for information on the use of hypotensive drugs and contraceptives. The following characteristics were checked and recorded: a) current weight, b) blood pressure c) body mass index - BMI, and we collected biological samples (blood and urine) for measurement of biochemical parameters and evaluation of microalbuminúria. Finally, we monitored the ambulatory blood pressure (ABP), which uses the method of automatic measurement of heart rate, systolic and diastolic blood pressure and an average of the two for the period of 24 hours. RESULTS: Out of 218 women who completed the study, the incidence of hypertensive disorders was of 16.9% (37 out of 218), while the incidence of preeclampsia was 13.8% (30 of 218). Women with preeclampsia had a BMI (body mass index) averaged of 25.3 (± 4.8) while this ratio in normotensive women was of 23.5 (± 3.7), p = 0.02. The risk of preeclampsia rises with age (OR 1084 p = 0.0034) and with a family history of hypertension (OR 2.6 p = 0.01). The follow-up one year after delivery revealed that 50% of women with hypertensive disorders in pregnancy remained hypertensive. High BMI was also observed after 5 years of delivery. CONCLUSIONS: an elevated BMI, age above 35 years and excessive weight gain during pregnancy were associated with hypertension in the long term in patients with prior preeclampsia. History of preeclampsia increases the risk of chronic hypertension.