O profissional de saude e a educação em saude : representações de uma prática /

Resumo: As práticas educativas em saúde vêm sendo realizadas no dia-a-dia dos serviços de saúde em especial na rede de atenção primária. No entanto, percebemos haver pouca reflexão sobre tais práticas, seu alcance e sua própria dinâmica enquanto um processo. Diante deste quadro foi escolhido como re...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Pereira, Gilza Sandre., Melo, Joaquim Alberto Cardoso de., Schramm, Fermin Roland., Escola Nacional de Saúde Pública (Brasil)
Formato: Dissertação
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Resumo:Resumo: As práticas educativas em saúde vêm sendo realizadas no dia-a-dia dos serviços de saúde em especial na rede de atenção primária. No entanto, percebemos haver pouca reflexão sobre tais práticas, seu alcance e sua própria dinâmica enquanto um processo. Diante deste quadro foi escolhido como recorte para estudo as representações que os profissionais de saúde tem das práticas educativas em saúde, tendo como objelivo evidenciar a concepção de educação privilegiada pelo grupo entrevistado, e tendo como hipótese que o discurso seria construido a partir de uma visão instrumental da educação. A educação, do ponto de vista instrumental, é concebida como um instrumento utilizado por um sujeito (educador) para intervir sobre outro sujeito (educando) visando a um fim determinado. Esta concepção de educação, no contexto atual da crise de paradigmas nas Ciências Sociais, tende a ser desconstruida. Em uma nova abordagem conceitual, a educação é considerada como a mediação da relação entre sujeitos, e entendida como algo que é inerente às relações sociais. Para este estudo, foram entrevistados 18 (dezoito) profissionais de saúde que trabalham em Centros Municipais de Saúde (CMS) no Rio de janeiro, sendo 6 (seis) médicos, 6 (seis) enfermeiros e 6 (seis) nutricionistas. Foi escolhido um CMS em cada Área programada. Os discursos foram analisados a partir das seguintes categorias: educação, educação em saúde, relação interprofissional, relação profissumal-paciente, prática profissional, prática educativa, satisfação, insatisfação, trabalho, instituição, respaldo institucional. As representações dos entrevistados sobre educação em saúde são muito aproximadas entre si e confirmam a hipótgse inicial, ou seja, a concepção de educação, em geral, se coloca dentro de uma perspectiva de instrumentalidade No entanto, ern algumas entrevistas surgem conceituações mais complexas, que vão além da visão instrumental. O ponto principal a ser destacado é que, apesar de o conceito de educação que é verbalizado estar fundamentado na visão instrumental, a prática fetiva desses profissionais abre espaço para a relação humana, embora esta nâo seja reconhecida enquanto um processo educativo. Este achado vem confirmar a pouca reflexão que os profissionais tem sobre a prática cotidiana, gerando um distanciamento entre o concebido e o vivido. Podemos dizer que, na prática, os profissionais entievistados reconstroem o conceito de educação, pois é a ação humana, com seu caráier iniciador, que consolida o rompimento de um quadro epistêmico e a instalação de novos paradigmas. #$&Abstract: Educational health practices are being accomplished in the daily procedures of the health services, mainly in the Basic Care Network. We notice, however, that little thought is given to these practices, their possible reach and their own dynamics as a process. Considering this scenario, the topic chosen for study was the notions health professionals have of the educational health practices, the objective was to reveal evince the concept of education utilized by the interviewed group, the hypothesis was that discourse would be built from an instrumental outlook on education. Education, from an instrumental point of view, is conceived as an instrument used by a subject (the educator) to intervene over another subject (the pupil) aiming at a certain end. This conception of education, however, tends to be misconstrued, as we are currently going through a crisis in the patterns of Social Sciences. In a new approach to the concept of education it is considered as a mediation to the relationship of the subjects reconnizing education as inherent to social relations. For this study, eighteen health professionals were interviewed. All of them work in municipal health centers (CMS) in Rio de Janeiro: six are physicians, six are nurses, and six are nutritionists. A CMS was chosen from each of the previously defined regions. The discourses were analyzed using the following categories: education, health education, interprofessional relations, professional-patient relations, professional practice, educational practice, satisfaction, insatisfaction, work, institution institutional support. The opinions of the interviewees about health education are very similar among themselves, and they confirm the initial hypothesis that the concept of education, in general, fits into a perspective of instrumentality. However, in some interviews, concepts of greater complexity emerged, going beyond the instrumental outlook. The main point to be focused is, even though the concept of education which is verbalized is based on an instrumental outlook, these professionals' real practice opens space for human relationships, though this is not recognized as an educational process. This confirms the little thought professionals have been giving to their own daily practice, thus generating a distance between what is conceived and what is, in fact, experienced. We can say that, in their daily practice, the interviewed professionals rebuild the concept of education, because it is the human action, with its initiating character, that consolidates the rupture of an epistemic picture, and the implantation of new patterns.