Percepção ambiental de crianças em ambientes naturais protegidos /

Este estudo visou explorar e descrever as percepções infantis de ambientes naturais protegidos, especificamente da Mata Atlântica no Brasil. Muitos estudos apontam a importância das percepções nas ações pró-ambientais ou pró-ecológicas. Buscamos compreender a interação pessoa-ambiente a partir de pe...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Profice, Christiana Cabicieri., Pinheiro, José Queiroz., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Tese
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Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/17390/1/ChristianaCP_TESE.pdf
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Resumo:Este estudo visou explorar e descrever as percepções infantis de ambientes naturais protegidos, especificamente da Mata Atlântica no Brasil. Muitos estudos apontam a importância das percepções nas ações pró-ambientais ou pró-ecológicas. Buscamos compreender a interação pessoa-ambiente a partir de perspectiva ecológica, e apresentamos também referenciais teóricos para a compreensão de como a natureza é crucial para o bem-estar e o desenvolvimento psicológico. Os desenhos das crianças, acrescidos de entrevista, grupo de discussão, fotografias, além de fontes informais e indiretas, como as professoras, forneceram material para tal análise. Participaram desta investigação exploratória, conduzida mediante estratégia multimétodos, 209 crianças entre seis e onze anos de idade, vivendo no entorno da Reserva Biológica de Uma, Estado da Bahia, criada para proteger fragmentos de Mata Atlântica. A Mata Atlântica foi bem representada nos desenhos, os elementos vegetais predominando sobre os artificiais e humanos. Porém, as plantas figuradas são assinaladas sem a precisão de espécie. As espécies definidas, em sua maioria, são comestíveis. As crianças parecem conscientes da degradação do ambiente e da importância de sua conservação, mas também descrevem interações de caça e alimentação de espécies protegidas. Os resultados indicam tendência utilitarista na percepção dos seres vivos, quanto à sua utilidade para as pessoas. A abordagem multimétodo foi adequada à complexidade do fenômeno; as estratégias adotadas foram bem aceitas pelas crianças e lhes ofereceram oportunidades para expressar-se. Observamos como as crianças, em diferentes fases da vida, organizam os elementos e processos naturais em seus desenhos, e como estas imagens se relacionam à paisagem local. Discutimos os resultados à luz de referenciais teóricos dos estudos pessoa-ambiente, e investigações precedentes acerca da percepção infantil de ambientes naturais.#$&This study aimed at exploring and describing children s perceptions in threatened natural settings, specifically, the Rain Forest in Brazil. Several studies point to the significance of perceptions for people s pro-environmental attitudes and actions. We try to understand the person-environment interaction from an ecological perspective, and we present theoretical references for the understanding of how crucial nature is for psychological development and well-being. The children s drawings, individual interviews, discussion groups, photographies and informal and indirect sources, as teachers, brought material for the analysis. Participated in our study, carried on through a multi-method strategy, 209 children from six to eleven years old, living in the neighborhood of the Biological Reserve of Una, State of Bahia, created to protect Rain Forest fragments. The Rain Forest landscape is well portrayed in children s drawings, the vegetal elements prevailing over artificial and human elements. The figured plants and trees, however, are pointed with no precision as to their species. Most of the defined species are eatable. The children seem to be aware of the environment degradation, and of the importance of its conservation, but they describe episodes of hunting and feeding wild threatened animals. Our results indicate a utilitarian trend in the perception of living beings, in terms of their immediate usefulness for people. The multimethod approach seems to be appropriate to the complexity of the theme; the methodological strategies were well accepted by the children, offering them opportunities to express themselves. We observed how children, in different life phases, organize natural elements and processes in their drawings, and how these images relate to the local landscape. We discuss the results in the light of theoretical references of person environment studies and from previous investigations about children s perceptions of natural environment.