Fatores de risco individuais e familiares no desenvolvimento da pré-eclâmpsia /

A pré-eclâmpsia é uma doença espectral, com formas distintas, podendo evoluir com complicações multissistêmicas graves. Este presente trabalho teve como objetivos determinar os fatores de risco envolvidos com a pré-eclâmpsia (PE); validar a existência de agregação de doença hipertensiva em famílias...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Pereira, Flávio Venício Marinho., Jerônimo, Selma Maria Bezerra, Araújo, Ana Cristina Pinheiro de., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Tese
Publicado em:
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/13220/1/FatoresRiscoIndividuais_Pereira_2010.pdf
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Descrição
Resumo:A pré-eclâmpsia é uma doença espectral, com formas distintas, podendo evoluir com complicações multissistêmicas graves. Este presente trabalho teve como objetivos determinar os fatores de risco envolvidos com a pré-eclâmpsia (PE); validar a existência de agregação de doença hipertensiva em famílias de gestantes com préeclâmpsia; verificar a existência de associação entre polimorfismo no gene do VEGF e determinar os níveis de VEGF e seu receptor solúvel (sFlt1). Um estudo caso-controle foi realizado (n=851). A genotipagem do VEGF foi realizada e os níveis séricos de VEGF e sFlt1 foram determinados por ELISA. Foi observado que 38 % das mães (173 de 455) de um caso de pré-eclâmpsia e 30.8% (78 de 361) dos controles apresentavam história de hipertensão (p<0.0001). De forma que 14.6% (48 de 328) das mães das gestantes com pré-eclâmpsia e 9.6% (12 de 294) das mães dos controles tinham história de pré-eclâmspia (p=0.0001). Quanto à história materna de eclâmpsia, observou-se que 5.1% (15 de 295) dos casos e 3.6% (7 de 314) dos controles tinham história de pré-eclâmpsia (p=0.0568). Irmãs das gestantes com pré-eclâmpsia tinham também história de doença hipertensiva em 9% (41 de 455), versus 6.6% (13 de 361) dos controles, p=0.002. Da mesma forma ao ser examinada a história de pré-eclâmpsia em irmãs, observou-se que 22.7% (57 de 251) das irmãs dos casos de pré-eclâmpsia, versus 11.4% (26 de 228) dos controles apresentavam história de pré-eclâmpsia (P=0.0011). O VEGF livre estava diminuído no soro dos casos (P<0.05) enquanto que o receptor solúvel do VEGF estava aumentado. Não foi observada associação entre polimorfismos nos genes do VEGF e pré-eclâmpsia. Os dados obtidos neste trabalho validam que doença hipertensiva em mães e irmãs com pré-eclâmpsia são fatores de risco para pré-eclâmpsia. O risco de doença na família é maior de acordo com a gravidade da doença. A história de pré-eclâmpsia elevada em familiares dos controles respectivamente, 9,6% e 11,4%, em mães e irmãs dos controles demonstram que a pré-eclâmpsia é uma doneça freqüente nesta população. Trabalho está sendo conduzido para realizar estudos de varredura ampla do genoma, para permitir identificar loci de susceptibilidade.#$&Preeclampsia is a spectral disease, with different clinical forms which can evolve with severe multisystemic complications. This present study aimed to determine the risk factors associated with preeclampsia (PE); to validate the existence of aggregation of hypertensive disease in families of women with preeclampsia and verify the existence of association between polymorphisms in the VEGF gene and level of VEGF and its soluble receptor (sFlt1). A case-control study was performed (n = 851). Genotyping of VEGF was performed and serum levels of VEGF and sFlt1 were measured by ELISA. It was observed that 38% of mothers (173, 455) of a case of preeclampsia and 30.8% (78 of 361) of controls had history of hypertension (p <0.0001). Similarly, when examining the history of maternal preeclampsia, we observed that 14.6% (48 of 328) of mothers of women with preeclampsia and 9.6% (12 of 294) of mothers of controls had a history of preeclampsia (p = 0.0001). As for maternal history of preeclampsia, we found that 5.1% (15 of 295) of cases and 3.6% (7 of 314) of controls had a history of preeclampsia (p = 0.0568). Sisters of women with preeclampsia also had a history of hypertensive disease in 9% (41 of 455) versus 6.6% (13 of 361), p = 0.002. Similarly when examining the history of preeclampsia in sisters, it was observed that 22.7% (57 of 251) of a sister of case versus 11.4% (26 of 228) of controls had a history of preeclampsia (P = 0.0011). We observed a decrease in free VEGF in the serum of patients (P <0.05) and increased soluble VEGF receptor. There was no association between polymorphisms in the VEGF gene and preeclampsia. The data obtained in this work validate that hypertensive disease in mothers and sisters with preeclampsia are risk factors for preeclampsia. The risk of illness in the family is higher according to disease severity. High incidence of preeclampsia can be assumed by the high incidence of this disease among the controls. Significant differences between the frequency of preeclampsia in mothers of cases and controls indicate familial factors. Work is being conducted with the to eventually perform genome wide association studies to identify susceptibility loci.