A retórica em Aristóteles : da orientação das paixões ao aprimoramento da eupraxia/

Resumo:Esta pesquisa põe em foco as relações entre a obra Retórica, de Aristóteles, e as concepções acerca de ética e de sabedoria prática desse mesmo autor. Nesse sentido, procura mostrar que Aristóteles produziu a Retórica a fim de nortear a construção oratória e a orientação das paixões do homem...

ver descrição completa

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: Lima, Marcos Aurélio de., Silva, Markus Figueira da., Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Formato: Dissertação
Publicado em:
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/16482
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
Descrição
Resumo:Resumo:Esta pesquisa põe em foco as relações entre a obra Retórica, de Aristóteles, e as concepções acerca de ética e de sabedoria prática desse mesmo autor. Nesse sentido, procura mostrar que Aristóteles produziu a Retórica a fim de nortear a construção oratória e a orientação das paixões do homem grego, configurando-a como referencial de práticas voltadas para a ordenação social da pólis. Em outras palavras, a Retórica aristotélica, concebida pelo autor como sendo o estudo do que é persuasivo em cada discurso, não é composta com o significado de persuasão a qualquer custo, pois, noutro sentido, é idealizada pelo filósofo como um saber útil ao aprimoramento da eupraxia (o bem agir em conformidade com o justo e o verdadeiro). A presente investigação considera que tal obra foi elaborada pelo Estagirita numa época de fortes transformações e agitações sociais na antiga Grécia: o ceticismo se expandia, com cada indivíduo querendo viver para os seus próprios negócios e, principalmente em Atenas, uma cidade que servira como referência Intelectual e política, havia uma carência do espírito coletivo. Nesse tumultuado ambiente social, Aristóteles, contando com uma cultura de gregos ansiosos por opiniões confiáveis e socialmente partilháveis no campo da verossimilhança, buscou, com a sua Retórica, contribuir para o desenvolvimento da ética e da ciência política; para os encaminhamentos judiciais e a organização das inter-relações sociais em ambientes variados, inclusive procurando proporcionar o conhecimento sobre as paixões humanas e o equilíbrio emocional dos cidadãos atuantes em encontros deliberativos.#$&Abstract:This research brings into focus the relationship between the work Rhetoric, from Aristotle, and the conceptions of ethics and practical wisdom of the philosopher from Stageira. Accordingly, it attempts to show that Aristotle's Rhetoric was produced to guide the construction and orientation of oratory passions of the Greek man, setting it as a reference for practices aimed at social ordering of the polis. In other words, the Aristotelian Rhetoric, designed by the author as the study of what is persuasive in every speech, is not composed with the meaning of persuasion at any cost, in another sense it is conceived by Aristotle as a useful knowledge for the improvement eupraxic (the good act in accordance with the fair and true). This research finds that such work has been prepared by Stagirite a time of strong social transformations and upheavals in ancient Greece: The skepticism expanded, with each person wanting to live their own businesses, and especially in Athens, a city that served as intellectual and political reference, there was a lack of collective spirit. In this tumultuous social environment, Aristotle, with a culture of Greeks eager Trusted reviews and socially shareable in the field of verisimilitude, sought with his Rhetoric, contributing to the development of ethics and political science; referrals for legal and organization of inter-social relations in varied environments, including seeking to provide knowledge about human passions and emotional status of active citizens in deliberative meetings.