Carlos Felipe Moisés

Carlos Felipe Moisés (São Paulo, 1942 - São Paulo, 18 de agosto de 2017), foi um poeta, tradutor, crítico literário, autor de livros infantojuvenis e professor universitário brasileiro.

Era graduado (1965), mestre (1968), doutor (1972) e livre docente em Letras pela Universidade de São Paulo. Lecionou em diversas instituições de ensino superior no Brasil, dentre elas a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e a Universidade Federal da Paraíba. Entre 1978 e 1982 lecionou também na Universidade da Califórnia, em Berkeley.

Segundo Paulo Marcos Del Greco, também poeta, na Apresentação do livro de poemas ''Subsolo:

''Carlos Felipe Moisés chegou à letra impressa como integrante daquele antiqüíssimo e hoje disperso grupo de poetas que alguém, em 1960, batizou de “Novíssimos”. Nossa amizade vem daqueles tempos apaixonados em que juntos descobríamos Eliot, Rilke, Perse, Pound, e os grandes poetas da língua: Camões, Pessoa, Drummond, Jorge de Lima.Junto ao respeito e ao afeto, também nos une uma coincidente visão sobre o quase anonimato que deve acompanhar todo fazer poético. Vivendo muito de perto o meio literário, meu amigo Carlos Felipe não se deixou aliciar pela tentação do brilho fácil. Anos e anos depois, permanece fiel àquilo em que acredita, tranqüilamente trabalhando muito e higienicamente publicando pouco. Assim, seus escassos e magros livros de poemas não são experiências, são resultados. Belos resultados que talvez não atraiam a atenção do leitor desatento, seduzido pelo gosto das pirotecnias mais ou menos engenhosas. Sua poesia não tem compromissos com a efêmera passagem das modas. Embora a ironia, a sutileza, a acuidade verbal – o conhecimento do ofício em suma – sejam traços marcantes deste ''Subsolo'', os poemas aqui reunidos cantam, para além de todo engenho, as coisas mais simples, que sempre estiveram conosco neste cansado planeta: o amor e a fraternidade; a natureza, os bichos, a vida cotidiana; a sobrevivência da memória e, acima de tudo, a própria poesia. Tudo permeado de uma constante e densa interrogação pelo sentido da existência, a individual e a comum. É o poeta realizando a milenar tarefa de olhar para fora e ver o mundo que nos cerca, este cotidiano universo das coisas necessárias e solidárias – tarefa quase de todo esquecida e que, por este estranho caminho, parece ser nova outra vez. Pessoalmente não acredito em gerações e escolas. A obra dos grandes poetas é um constante desmentido a estas classificações. Os poemas de Carlo Felipe, também. Estão orientados para a permanência, embora conheçam a intimidade do transitório; estão orientados para o convívio com a hora em que buscamos na poesia a clara inteireza das coisas – ao mesmo tempo escondidas e reveladas na prospecção do subsolo.''

Carlos Felipe Moisés em 2000 organiza, com Álvaro Alves de Faria, a ''Antologia Poética da Geração de 60''. Reunindo poemas, ordenados cronologicamente dos(as) seguintes poetas: Alberto Beutenmuller, Álvaro Alves de Faria, Antônio Fernando de Franceschi, Bruno Tolentino, Carlos Felipe Moisés, Carlos Soutié do Amaral, Carlos Vogt, Cláudio Willer, Clovis Beznos, Celso Luiz Paulini, Décio Bar, Eduardo Alves da Costa, Eunice Arruda, João Ricardo Penteado, Jorge Mautner, Lindolf Bell, Lúcia Ribeiro da Silva, Luiz Carlos Mattos, Neide Archanjo, Orides Fontela, Otoniel Santos Pereira, Paulo Marcos Del Greco, Péricles Prade, Roberto Bicelli, Roberto Piva, Rodrigo de Haro, Ronald Zomignan Carvalho, Rubens Jardim, Rubens Rodrigues Torres Filho e Sérgio Lima.

O poeta Carlos Felipe Moisés recebeu o Troféu APCA na categoria Poesia em dua ocasiões. Em 1974 por "Poemas Reunidos" e em 1989 por "Subsolo". Fornecido pela Wikipedia
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